No centro de todas as polêmicas possíveis, a Petrobras está, atualmente, sem um presidente à frente de sua gestão. José Mauro Coelho cedeu às pressões vindas da Presidência da República, das casas legislativas e do próprio Conselho de Administração da estatal e pediu demissão do cargo que assumiu em abril deste ano.
Empossado em abril, Coelho havia sido "demitido" há um mês, mas se manteve no cargo até esta segunda-feira (20), em meio à crise interna que a companhia estatal vive.
José Mauro Coelho cedeu à pressão e pediu demissão da presidência da Petrobras. | Divulgação/Ministério de Minas e Energia |
Na manhã desta segunda-feira (20), a Petrobras
anunciou a renúncia de Coelho e informou que o Conselho de Administração já
trabalha para nomear um presidente interino, enquanto não há um candidato
concreto ao posto de titular.
“A nomeação de um presidente interino será examinada pelo Conselho de
Administração da Petrobras a partir de agora. Fatos considerados relevantes
serão prontamente comunicados ao mercado”, pontuou a companhia.
No lugar deixado em aberto, deve assumir Caio Paes
de Andrade, atual secretário especial de Desburocratização da Petrobras. A
demissão de Coelho também deve ser acompanhada da saída de conselheiros da
companhia e pode aliviar a pressão pela instauração de uma CPI sobre a política
de preços dos combustíveis, de acordo com o site "O Antagonista".
ATAQUES
A atual gestão da companhia virou alvo de intensos
ataques por parte de Jair Bolsonaro, Ciro Nogueira e Arthur Lira, desde o anúncio de novo reajuste na
semana passada.
Bolsonaro tem pressionado pela instalação de uma CPI sobre a política de
preços da Petrobras e Lira reunirá o colégio de líderes nesta segunda-feira, na
residência oficial da Câmara, para debater o tema.
Como o aumento desenfreado do preço dos
combustíveis atinge em cheio a opinião pública sobre o mandato do presidente
Bolsonaro e a economia do Brasil como um todo, há uma grande preocupação por
parte de sua base de apoio sobre os reflexos disso nas eleições deste ano.
Cabe ressaltar que,
na campanha presidencial de 2018, Bolsonaro defendia a política de preços
praticada pela Petrobras até os dias atuais.
DOL
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