O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou neste sábado, 11, em encontro com evangélicos em Orlando, nos Estados Unidos, que a economia do Brasil vai "muito bem". A declaração é dada na mesma semana em que dados divulgados pelo 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia de Covid-19 mostram que a fome passou a atingir 33 milhões de pessoas no País.
A declaração é dada na mesma semana em que dados divulgados pelo 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia de Covid-19 mostram que a fome passou a atingir 33 milhões de pessoas no País.
Bolsonaro ameniza críticas. | Reprodução/Twitter |
O índice subiu a níveis registrados nos anos
1990. "O mundo passa fome sem o Brasil, que é uma potência na energia de
transição", voltou a dizer o presidente, sem citar os dados nacionais.
A uma plateia que gritava "mito,
mito", Bolsonaro, pré-candidato à reeleição, fez um discurso em linha com
as bandeiras que carregará na campanha: criticou o aborto e a "ideologia
de gênero"; defendeu o armamento da população e a propriedade privada.
"Entendo que, em muitos países, está
havendo luta do bem contra o mal", disse o chefe do Executivo na Igreja
Evangélica Lagoinha, logo após inaugurar vice-consulado na cidade
norte-americana.
E afirmou: "O Brasil é uma potência em
minério, terras agricultáveis e belezas naturais, enquanto outros países com
menos potencial conseguem ser mais prósperos do que nós. Por isto, temos de
evitar experiências desastrosas que não deram certo em nenhum lugar do mundo e
adotar o caminho de nações que foram bem-sucedidas defendendo as democracias e
as liberdades."
Bolsonaro voltou a falar que deseja eleições
"limpas, confiáveis e transparentes" no Brasil, lançando dúvidas
sobre a lisura do sistema eleitoral brasileiro, sem nunca ter apresentado
qualquer prova do que diz.
Opositores o acusam de preparar o discurso de
suposta fraude, caso seja derrotado nas urnas pelo ex-presidente da República
Luiz Inácio Lula da Silva (PT), hoje líder nas pesquisas de intenção de voto.
Um dia após encontrar líderes internacionais
na Cúpula das Américas, incluindo o presidente norte-americano, Joe Biden,
Bolsonaro ainda afirmou que o mundo confia em seu governo. "Já começam a
sair da prancheta sonhos nossos de um passado não muito distante. É a confiança
que o mundo tem no governo brasileiro, na sua equipe, por, acima de tudo,
honrar contratos e dar devida retaguarda. E estabilidade política também",
avaliou.
Bolsonaro inaugurou pela manhã vice-consulado
do Brasil na cidade norte-americana antes da agenda com cristãos.
A visita de Bolsonaro terminou com uma
motociata pelas ruas de Orlando, além de um almoço em uma churrascaria para um
grupo mais seleto, antes de embarcar de volta para o Brasil.
Com informações de Estadão.
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