Um dos homens apontados pela investigação do caso que deixou dois motoristas de aplicativo mortos na região do Cariri pediu a corrida em uma conta recém-criada, dois minutos antes da solicitação da viagem. Em coletiva de imprensa, o delegado Giovanni Morais, que está acompanhando o caso, disse que o suposto passageiro não tinha qualquer avaliação no sistema do aplicativo. Ele ainda ressaltou que os lugares de partida e destino são considerados “zonas complicadas” do município de Barbalha, onde o crime aconteceu.
Esse é
o terceiro caso de motoristas de aplicativo vítimas de latrocínio no Cariri em
dois anos. Em 2020, outro caso da mesma natureza, envolvendo o desaparecimento
de um profissional, também foi registrado em Barbalha. “É preciso que o
motorista tenha cuidado quando for transportar um passageiro e verifique seu
histórico na plataforma”, alerta o delegado. Ele recomenda ainda que os
profissionais não façam corridas clandestinas, realizadas fora do sistema da
plataforma.
No
caso da última semana, um dos homens chegou a usar o celular da vítima para
extorquir a companheira de um dos motoristas, segundo as investigações. Ele
solicitou três depósitos, com valores de R$ 700, R$ 900 e R$ 1.400. O destino
do dinheiro foi a conta da mãe de um dos suspeitos, identificado como Wesley
Wilkinson Anjos dos Santos, e a conta da esposa do outro preso, Álisson Barbosa
da Silva.
Os
dois suspeitos possuem envolvimento nos latrocínios que vitimaram os motoristas
de aplicativo. Com a captura de Wesley, primeiro a ser preso, o homem indicou
onde deixou os corpos das vítimas e apontou ainda quem seria seu cúmplice na
execução criminosa. Foi então que a Polícia Civil chegou a Álisson.Os corpos
foram encontrados na Chapada do Araripe, na localidade de Sítio Serra dos
Pequis, no município de Jardim, no Sul do Ceará. Também foi localizado o
veículo de um dos motoristas. A dupla foi encaminhada à Delegacia Regional de
Juazeiro do Norte, onde os homens foram autuados em flagrante por latrocínio e
ocultação de cadáver. A Polícia não descarta que mais pessoas estejam
envolvidas nos casos e as investigações seguirão.
Com
informações do repórter da Rádio CBN Cariri, Guilherme Carvalho
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