Tudo no Brasil custa muito caro e não existe somente uma razão para explicar essas altas, mas uma combinação de três fatores como: o real desvalorizado e a relação oferta e demanda. O consumidor hoje em dia precisa ter um planejamento durante as compras do mês, mudar alguns hábitos para assim driblar os preços e a inflação nas alturas.
O botijão de gás mais caro em Belém está sendo vendido a R$ 140,00.
O preço do gás de cozinha, o GLP (gás liquefeito de petróleo), atingiu a maior média mensal real (descontada a inflação) do século 21. | Divulgação / Governo Federal. |
O preço do gás de cozinha, o GLP (gás
liquefeito de petróleo) atingiu a maior média mensal real (descontada a
inflação) do século 21.
Os botijões de 13 kg estão sendo vendidos no
Brasil a um valor médio de R$ 113,48, valor que representa 9,4% do salário
mínimo. Essa é a proporção mais elevada desde março de 2007, quando o botijão
custava R$ 33,06 e o salário mínimo era de R$ 350.
Os dados são de levantamento do Observatório
Social da Petrobras, organização ligada à Federação Nacional dos Petroleiros
(FNP) e que monitora as políticas e ações da empresa.
A pesquisa foi feita com base no preço médio
mensal do GLP e na média de valores semanais para o mês de abril, divulgados
nesta terça-feira (26) pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Em março, o gás alcançou o maior preço médio
real da série histórica, que tem início em julho de 2001, quando o órgão
regulador federal começa a divulgar os valores do gás de cozinha, vendido a R$
109,31. Antes disso, o recorde tinha sido registrado em novembro de 2021, com o
preço médio de R$ 106,50.
Segundo o economista Eric Gil Dantas, do OSP
e do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps), a elevação do
preço do gás e de sua participação no orçamento das famílias impulsionou o
crescimento do uso de lenha no Brasil.
"Entre os anos de 2013 e 2016, de acordo
com dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a população consumia mais
GLP do que lenha. Mas a partir de 2017, a lenha voltou a ser mais utilizada do
que o gás de cozinha nas residências do país. E, em 2020, esse consumo já era
7% maior do que o de GLP", afirma.
Os sucessivos reajustes no gás de cozinha e
na gasolina fazem parte das principais preocupações de Jair Bolsonaro (PL) em
seu projeto de reeleição para a Presidência da República.
No final de março, ele demitiu o então
presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, em meio ao desgaste
gerado por mega-aumento dos preços nos combustíveis promovido pela empresa.
José Mauro Coelho foi nomeado para o seu lugar.
DOL com informações da
Folhapress
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