O ex-governador de São Paulo e pré-candidato ao Planalto João Doria (PSDB) defendeu, nesta quinta-feira (28/4), o diálogo tanto com a direita quanto com a esquerda, inclusive com o PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Eu tenho posições muito distintas do PT, mas isso não impede de manter uma relação respeitosa com seus líderes", falou.
Foto: José Cruz/Agência Brasil |
A fala foi
feita durante sabatina realizada pelo jornal Folha de S.Paulo. “Está no
horizonte manter o diálogo aberto, uma democracia tem que manter os diálogos.
Não há razão para não manter o diálogo aberto com Lula, com o PT, com partidos
à esquerda e mesmo com os partidos à direita. A democracia é isso”, afirmou.
Doria
destacou, entretanto, que “continua sendo antagonista ao PT e às políticas
estatizantes do PT”. “Eu tenho posições muito distintas do PT, mas isso não
impede de manter uma relação respeitosa com seus líderes. Eu entendo que a boa
educação, a civilidade democrática deve ser preservada, e só não existe em
regimes autoritários”, disse. Mas ressaltou que descarta apoiar Lula na
eleição.
É a segunda
vez que o tucano acena para uma relação mais pacífica com o PT. Até pouco
tempo, Doria equiparava Lula e o presidente Jair Bolsonaro (PL) em seus
discursos, mas agora vem mudando o tom em relação ao petista. Em entrevista ao
Valor Econômico na última quarta (27/4), disse que “respeita Lula”, mas não
Bolsonaro.
Ainda na
sabatina da Folha, o presidenciável defendeu o diálogo entre o PSDB e o MDB,
Cidadania e União Brasil. Os quatro partidos vêm conversando para lançar uma
candidatura única à presidência da República, de forma que a chamada “terceira
via” fique unida nas eleições nacionais.
“É um
trabalho em progressão, mas não invalida o bom entendimento entre os quatro
partidos. É natural que haja situações convergentes ou não, mas o diálogo é
contínuo. É um diálogo no melhor sentido para encontrar uma alternativa que
possa romper polarização entre Lula e Bolsonaro”, afirmou.
Metrópoles
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