O Ministério da Educação tem, a partir desta quarta-feira (30), um novo ministro. Quem assume a pasta é o engenheiro de redes de comunicação formado pela Universidade de Brasília (UnB) Victor Godoy que, durante a gestão de Milton Ribeiro, ocupava o cargo de secretário-executivo da pasta.
A nomeação de Victor Godoy para o Ministério da Educação foi publicada no Diário Oficial da União de hoje.
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A mudança ocorre após a abertura de uma investigação contra Ribeiro,
suspeito de favorecer a liberação de recursos do Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (FNDE), tendo dois pastores como intermediários. O
caso levou Ribeiro a pedir exoneração do cargo, no último dia 28.
Currículo
O currículo de Victor Godoy publicado no site do MEC informa que ele é
servidor público da carreira de Auditor Federal de Finanças e Controle da
Controladoria-Geral da União (CGU), onde trabalhou desde 2004 até ser convidado
ao cargo de secretário-executivo do MEC, em julho de 2020.
Na CGU, Godoy atuou como auditor federal de Finanças e Controle,
coordenador-geral; e diretor de Auditoria da Área Social e de Acordos de
Leniência.
Inquéritos contra ex-ministro
Na semana passada, a Polícia Federal (PF) abriu um inquérito para
investigar o ex-ministro Milton Ribeiro. A medida foi autorizada pela ministra
do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia, após a divulgação de um áudio,
pelo jornal Folha de S.Paulo, no qual Ribeiro diz favorecer, a pedido do
presidente Jair Bolsonaro, prefeituras de municípios ligados aos dois pastores.
O ex-ministro já era alvo de um outro inquérito da PF, que tem por base
suspeitas levantadas pela CGU relativas à irregularidades que estariam
ocorrendo em eventos realizados pelo MEC e, também, sobre o oferecimento de
vantagem indevida, por parte de terceiros, para a liberação de verbas do mesmo
fundo.
A apuração ocorreu entre setembro de 2021 e março de 2022. O órgão,
então, concluiu que agentes públicos não estavam envolvidos nas supostas
irregularidades e enviou o caso para a PF, que abriu um inquérito criminal.
O caso está também na esfera cível, pela Procuradoria da República no
Distrito Federal. É também alvo de uma fiscalização extraordinária que está a
cargo do Tribunal de Contas de União (TCU).
Após a divulgação do caso, o então ministro Milton Ribeiro divulgou uma
nota à imprensa, na qual disse não haver nenhum tipo de favorecimento na
distribuição de verbas da pasta. Segundo ele, a alocação de recursos federais
segue a legislação orçamentária.
Agência Brasil
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