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Oposição pede que PGR investigue ministro por desvio no MEC.

O deputado estadual Carlos Gianazzi (PSOL) protocolou nesta terça-feira (22) um pedido junto ao procurador-geral da República, Augusto Aras, para que o ministro da Educação, Milton Ribeiro, seja investigado pelo suposto uso irregular de verbas do MEC.

Polêmica surgiu após uma reportagem amostrar um áudio do ministro dizendo que o governo federal prioriza liberação de verba para prefeituras que negociaram com pastores que não fazem parte do Ministério da Educação.

Milton Ribeiro, ministro da Educação. | Agência Brasil

A Folha de S.Paulo revelou na segunda-feira (21) um áudio do ministro em que ele afirma que o governo prioriza prefeituras cujos pedidos de liberação de verba foram negociados por dois pastores que não têm cargo e atuam em um esquema informal de obtenção de verbas do MEC.

 

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Segundo Milton Ribeiro, ele faz isso para atender a uma solicitação do presidente Bolsonaro.

No ofício, o parlamentar Gianazzi também pede que a PGR (Procuradoria-Geral da República) investigue a "atuação paralela dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura".

Como mostrou a Folha de S.Paulo, os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura têm, ao menos desde janeiro de 2021, negociado com prefeituras a liberação de recursos federais para obras de creches, escolas, quadras ou para compra de equipamentos de tecnologia.

Os recursos são geridos pelo FNDE, controlado por políticos do centrão.

Na reunião dentro do MEC, Ribeiro falava sobre o orçamento da pasta, cortes de recursos da educação e a liberação de dinheiro para essas obras na presença de prefeitos, lideranças do FNDE e dos pastores Gilmar e Arilton.

"Porque a minha prioridade é atender primeiro os municípios que mais precisam e, em segundo, atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar", diz o ministro na conversa.

Mônica Bergamo


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