No início da tarde de hoje (17), em coletiva de imprensa em Brasília (DF), o MEC (Ministério da Educação) anunciou como será o Novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). As alterações já haviam sido aprovadas em parecer do CNE (Conselho Nacional de Educação), na segunda-feira (14).
A principal mudança é que a partir de 2024 o candidato poderá escolher a área de conhecimento da prova do segundo dia.
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A principal mudança é que a partir de 2024 o candidato poderá escolher a área de conhecimento da prova do segundo dia. As alterações acontecem para alinhar o Enem ao novo ensino médio, que começou a ser implementado nas escolas públicas e privadas no início deste ano.
"O novo Enem valorizará ainda mais a
capacidade de reflexão e análise, além de contemplar a flexibilidade
curricular, permitindo que as aptidões e as escolhas dos nossos jovens sejam
consideradas", disse o ministro da Educação, Milton Ribeiro.
Segundo a pasta, o primeiro dia de exame terá
perguntas relacionadas a formação geral básica do aluno com foco nas
disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática. As questões, no entanto, serão
interdisciplinares. Ainda nesta primeira etapa, os alunos ainda terão de
redigir uma redação.
Já no segundo, o aluno responderá perguntas
da área de conhecimento escolhida. O MEC irá oferecer quatro blocos de
perguntas para os candidatos.
Veja abaixo:
A ideia é que o candidato escolha o bloco de perguntas relacionado ao
itinerário formativo que fez durante o ensino médio, mas também que esteja
ligado ao curso superior que deseja tentar uma vaga.
"Quem vai
definir [se serão perguntas abertas ou não] vai ser o Inep [Instituto Nacional
de Estudos e Pesquisas", informou o secretário de Educação Básica, Mauro
Rabelo.
O órgão, responsável por elaborar e aplicar o Enem,
deve construir as matrizes de referência e decidir o número de questões de cada
prova, se elas serão discursivas, entre outros pontos.
Rabelo explicou que o MEC deve oferecer uma lista
às universidades da relação das áreas de conhecimento com os cursos, mas as
universidades terão autonomia para fazer essa seleção e decidir qual área está
ligada a cada curso.
A pasta não estima o valor que deve ser gasto com
as mudanças para o novo Enem.
O secretário de Educação Básica explicou ainda que
alunos que fizerem curso técnico ao longo do ensino médio poderão ganhar uma
bonificação, caso tenha relação com o curso escolhido na graduação.
Durante sua fala, o ministro da Educação falou que
nos próximos dias o MEC irá divulgar um documento para ampliação do ensino
técnico no país.
"Curso técnico e superior devem conversar, o
conhecimento adquirido no ensino técnico não pode ser ignorado para acessar o
ensino superior", disse. "Queremos dar oportunidades para que um
técnico possa continuar os estudos em um curso de engenharia civil, por
exemplo."
Desde o ano passado, Ribeiro defende o
fortalecimento do ensino técnico e profissionalizante no Brasil. Reportagem da
Folha de S. Paulo mostrou, no entanto, que matrículas na área estão estagnadas
durante o governo Bolsonaro.
As novidades do Enem, como informado, acontecem
devidas as mudanças no ensino médio. Entre os principais pontos de alterações
na última etapa da educação básica está o aumento da carga horária e a
possibilidade de os alunos escolherem parte das disciplinas que querem cursar.
Com a reforma,
a carga horária dos alunos vai para 3 mil horas. Destas, 1.800 devem ser
destinadas à formação geral, que são os conteúdos obrigatórios e outras 1.200
horas são chamadas de "parte flexível", onde os alunos escolhem seus
itinerários formativos.
Com informações da Folha
Press.
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