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Brasil pode entrar em colapso na saúde em uma semana.

Diante da decisão do Ministério da Saúde, de reduzir de 10 para cinco dias, o período mínimo de isolamento de pacientes assintomáticos com Covid-19, especialistas alertam que não há evidências suficientes de que a nova regra seja segura.

O Ministério da Saúde reduziu de 10 para cinco dias, o período mínimo de isolamento de pacientes assintomáticos com Covid-19.

Médica e especialista no tratamento da Covid-19 alerta para o colapso na saúde, com o aumento de casos. | Rovena Rosa/Agência Brasil

Discussão semelhante ocorre nos Estados Unidos, desde que o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) também encurtou o prazo para cinco dias, com a condição do uso de "máscara bem ajustada" por 10 dias, além da necessidade de vacinação em dia.

Um estudo japonês publicado na semana passada, sugere que uma quarentena de 10 dias seria mais adequada para evitar transmissões de Ômicron. Na pesquisa, uma das poucas feitas com a nova variante, metade das pessoas avaliadas tinha vírus ativo entre três e seis dias depois da da infecção. Entre sete e nove dias, 19% ainda poderia transmiti-lo.

Do ponto de vista sanitário, o infectologista Carlos Fortaleza, presidente da Sociedade Paulista de Infectologia, não vê sentido algum na redução do tempo de quarentena. "Os estudos anteriores apontavam o pico de transmissibilidade no 5º dia e queda gradual até o 10º dia. O estudo japonês mostra que, provavelmente, a Ômicron se comporte como as outras variantes. A decisão do CDC e do Ministério da Saúde só é justificada pelas pressões econômicas", diz ele.

Em entrevista ao Globo, a intensivista e cardiologista Ludhmila Hajjar, ressalta que, em relação a Ômicron, o mundo está diante de um vírus novo, altamente mutagênico, que ainda pode trazer surpresas. Por isso, segundo ela, a vacinação é importante.

Questionada se o mundo pode estar próximo do fim da pandemia, a intensivista e cardiologista acredita que sim. "Não podemos, no entanto, baixar a guarda com a vacinação”, reforça.

Ludhmila Hajjar destacou ainda, que as UTIs estão cheias de pessoas que não foram vacinadas contra Covid-19. “Os imunizados dificilmente passam do atendimento ambulatorial”, afirma.

Segundo a especialista, muitos pacientes que foram internados, estão arrependidos de não terem tomado a vacina. “Eles chegam com a forma grave da doença, se arrependem, porém, já é tarde”, diz.

Colapso na saúde

A intensivista e cardiologista afirmou que, pelo ritmo em que estão os casos de Covid-19, os  sistemas de saúde deverão entrar em colapso no Brasil em uma semana “O número de infecções aumentará mais ainda nos ambulatórios e, provavelmente, faltarão mais profissionais da saúde no combate. A maioria dos médicos e enfermeiros foi imunizada com duas doses da CoronaVac e reforço da Pfizer. A CoronaVac foi importantíssima no início, frente à inexistência de outras. Mas, ela não protege como as outras em relação a novas variantes. Muitos de nós seremos infectados”, explica.

Com informações do Globo e Folhapress


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