O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) comunicou nesta quarta-feira, 10, que está acompanhando o possível desperdício de vacinas contra a Covid-19 no Estado. Segundo dados da Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa), até o dia 8 de novembro, 16 municípios oficializaram perdas de imunizantes. O órgão também informou que investiga os baixos índices referentes à aplicação da segunda dose do imunizante em municípios cearenses.
No Ceará,14.627 doses teriam sido perdidas por irregularidades no resfriamento. Gestores devem explicar formalmente o motivo das perdas.
Municípios enfrentam baixa cobertura vacinal
De acordo com a
Sesa, o imunobiológico da Pfizer é o mais frequente em notificação de
perecimentos. Erros no estoque, acondicionamento inadequado e não utilização no
prazo estariam entre os fatores que podem estar levando ao perecimento de
vacinas no Ceará.
Ao todo, foram 14.627 doses que
deixaram de ser aplicadas na população por
irregularidades na Cadeia de Frio. Confira os municípios que apresentaram mais
perdas de doses, referente ao imunizante do laboratório Pfizer:
1. Crato
- 5.322
2. Pacajus
- 2.340
3. Aquiraz
- 2.280
4. Barreira
- 1.248
5. Pindoretama
- 1.104
6. Icó
- 618
7. Orós
- 420
8. Hidrolândia
- 354
9. Jijoca
de Jericoacoara - 252
10.
Porteiras - 192
11.Ipaumirim - 150
12.
Potengi - 102
13.
Monsenhor Tabosa - 84
14.
Varjota - 77
15.
Farias Brito - 54
16.
Potiretama - 30
O comunicado
emitido também ressaltou que, nos casos de risco de perecimento de vacinas, a
situação deve ser apresentada ao Ministério Público com pelo menos dez dias de
antecedência. Dessa forma, os promotores de Justiça, com atuação na área de
saúde, poderão expedir recomendações e abrir procedimentos para que prefeitos e
titulares das Secretarias Municipais de Saúde expliquem formalmente as
situações locais e evitem mais perdas.
Cada município
acionado terá prazo de 24 horas para informar o estoque, o número de pessoas a
serem vacinadas e a lista completa de pessoas cujas doses devem expirar nos
dias seguintes. Já a Secretaria de Saúde do Município deve apresentar, também
no prazo de 24 horas, se houve perecimento de vacinas ou se há vacinas com
risco de perecimento nos cinco dias seguintes
Outro problema grave é a baixa cobertura vacinal em alguns Municípios. No comunicado, o MPCE ressaltou a urgência dos gestores tomarem medidas para garantir a ampla cobertura vacinal, especialmente da segunda dose (D2) na população acima de 12 anos de idade.
Os municípios com menores índices de aplicação da D2 contra Covid-19
são: Capistrano (39,32% ), Aracoiaba (44,28%), Tianguá (45,61%), Itaitinga
(48,82%), Irauçuba (51,81%), Jucás (52,56%), Beberibe (53,26%), Itarema
(53,71%), Madalena (55,29%), Ubajara (56,58%), Uruoca (57,71%), Massapê
(58,52%), Jijoca de Jericoacoara (59,27%) e
Aquiraz (59,46%).
Fonte - jornal O Povo
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