Cerca de 78 milhões de bovinos e bubalinos com até 2 anos de idade são o alvo da segunda etapa da campanha nacional de vacinação contra a febre aftosa de 2021, que começa nesta segunda-feira (1º). A doença, que também afeta caprinos, ovinos e suínos, traz prejuízos e restrições na comercialização de produtos pecuários.
O último foco da doença no Brasil ocorreu em 2006. Desde 2018, todo o
território brasileiro é reconhecido internacionalmente como livre de febre
aftosa (zonas com e sem vacinação) pela Organização Mundial da Saúde Animal
(OIE). Das 19 unidades da Federação que fazem a vacinação neste período, no
Amazonas e em Mato Grosso participam apenas os municípios que ainda não têm
reconhecimento de áreas livres de febre aftosa sem vacinação.
Zonas livres de aftosa sem vacinação
Nos estados reconhecidos como livres de febre aftosa sem vacinação –
Acre, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, parte do Amazonas e
Mato Grosso –, é proibida a aplicação e comercialização desse imunizante.
Conforme o Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a
Febre Aftosa (Pnefa) 2017-2026, a meta é que todo o território brasileiro seja
considerado livre de febre aftosa sem vacinação até 2026. Atualmente, em torno
de 70 países têm esse reconhecimento pela OIE.
Recomendações
Segundo o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), os
criadores devem adquirir as vacinas em revendas autorizadas e mantidas entre
2°C e 8°C, desde a aquisição até o momento da utilização – incluindo o
transporte e a aplicação, já na fazenda. Devem ser usadas agulhas novas para
aplicação da dose de 2 mililitros na tábua do pescoço de cada animal,
preferindo as horas mais frescas do dia, para fazer a contenção adequada dos
animais e a aplicação da vacina.
Além de vacinar o rebanho, o produtor deve também declarar ao órgão de
defesa sanitária animal de seu estado. A declaração de vacinação deve ser feita
de forma online ou, quando não for possível, presencialmente nos postos
designados pelo serviço veterinário estadual nos prazos estipulados. Em caso de
dúvidas, o criador deve procurar o órgão de defesa sanitária animal da sua
região.
Foto: © EBC / Fonte: Agência Brasil
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