As articulações nos bastidores políticos começam a ganhar novos contornos com os movimentos deflagrados pelo PSD e pelo Podemos. O PSD ganha a filiação do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que chega como pré-candidato à Presidência da República, enquanto o Podemos estende o tapete para receber o ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro. Ambos se tornam opções para a chamada terceira via nas eleições de 2022.
A terceira via é um corredor formado pelos partidos que não querem a reeleição do presidente Jair Bolsonaro, nem a volta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As pesquisas mostram que um importante segmento dos eleitores está na orfandade de uma candidatura de centro que os represente bem na linha do equilíbrio econômico e da moderação política.
PACHECO NO PSD
O atual presidente do Senado,
Rodrigo Pacheco, surgiu no vazio político como um nome com equilíbrio que pode
unir partidos de centro que procuram uma alternativa à Presidência da
República. Rodrigo oficializou a entrada no PSD e chega como pré-candidato à
sucessão do presidente Bolsonaro.
Coube ao presidente da Executiva
Nacional do PSD, Gilberto Kassab, convencer o senador mineiro a embarcar nesse
trem. O embarque é animado com a provável filiação do ex-governador de São
Paulo, Geraldo Alckmim, ao PSD. O ainda tucano é líder nas pesquisas de
intenção de votos ao Governo de São Paulo.
‘’Pacheco torna-se um dos
principais quadros do partido. Por ser jovem, ele expressa a renovação que
tantos querem no Brasil, e, ao mesmo tempo, tem muita experiência. Ocupou
espaço no cenário político em locais que só pessoas preparadas e com talento
ocupam, como as presidências do Senado e da Comissão e Constituição e Justiça
(CCJ)’’, destacou Gilberto Kassab.
MORO A CAMINHO DO PODEMOS
O Podemos se prepara para receber,
no próximo dia 10, a filiação do ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro da Justiça,
Sérgio Moro. O nome do ex-juiz sempre surge nas pesquisas sobre as intenções de
votos à Presidência da República.
A filiação ao Podemos legitima a
entrada de Moro na corrida eleitoral, mas, até o momento, ele não sinalizou se
irá concorrer ao Palácio do Planalto ou mesmo ao Senado. Moro pode representar
uma alternativa para os eleitores que se cansaram do modelo administrativo e
político do PT e se frustraram com o Governo Bolsonaro.
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