Paciente curitibano com Tipo 2 da doença deixou o hospital sem precisar de insulina.
A primeira cirurgia robótica do mundo para o tratamento
de diabetes foi realizada em Curitiba, no Paraná.
O procedimento aconteceu no início de julho e é voltado para o Tipo 2 da
doença.
O uso dos robôs dá uma visão mais detalhada (tridimensional e 20 vezes
maior do que a humana) e oferece movimentos mais precisos e menos invasivos, o
que facilita na recuperação do paciente.
A operação metabólica foi bem-sucedida e o paciente, Edmilson Dalla Vecchia
Ribas, 61, deixou o hospital sem precisar de insulina.
Diagnosticado em 2005, ele eventualmente atingiu a dose máxima de
insulina diária e mesmo assim não conseguiu controlar a doença.
“Eu estava com os melhores medicamentos e insulinas existentes mas não
conseguia abaixar a glicemia glicada”, disse o paciente ao site de
notícias Jornale.
De acordo com o cirurgião responsável pelo procedimento, Dr. Alcides
Branco, os exames realizados antes da cirurgia comprovaram que o paciente tinha
o pâncreas, órgão responsável pela produção de insulina, cansado, mas ainda
saudável.
“O objetivo maior da cirurgia do diabetes é estimular o pâncreas a
produzir insulina. Ele também tinha uma obesidade característica da Síndrome
Metabólica, com acúmulo de gordura visceral. A luta contra o diabetes é
desigual. Ele estava se cuidando com dieta, comprimidos e insulina sem
resultado. A cirurgia metabólica é uma excelente ferramenta para ajudar a
salvar essas pessoas”, disse Branco.
A operação metabólica foi aprovada pelo CFM em 2017 e é semelhante a
bariátrica, mas sem o foco na perda de peso. O objetivo é permitir que o
paciente tenha maior controle da doença e não precise mais de tratamento.
Atualmente, o Brasil tem cerca de 17 milhões de adultos vivendo com
diabetes e 9 em cada 10 têm o Tipo 2 da doença.
Foto: Ekkasit919/Getty Images / Fonte: Exame
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