O presidente Jair Bolsonaro voltou a colocar em dúvida as eleições de 2014, afirmando que Aécio Neves ganhou a disputa com Dilma Rousseff. O mandatário repetiu ainda que, caso o voto impresso não seja aprovado para o próximo ano, o país poderá "enfrentar problemas", e que algum lado pode não aceitar o resultado das urnas, referindo-se a uma possível derrota do governo.
O presidente voltou a dizer que apresentará provas de que as eleições foram fraudadas (Foto: Reprodução/Facebook)
"Eles
vão arranjar problemas para o ano que vem. Se esse método continuar aí, sem
inclusive a contagem pública, eles vão ter problemas, porque algum lado pode
não aceitar o resultado. Esse algum lado, obviamente que é o nosso lado, pode
não aceitar esse resultado. Nós queremos transparência", alegou.
Bolsonaro
disse ainda que alguns ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) são ameaças
à democracia. Ele criticou ainda o ministro Luís Barroso por articular contra a
aprovação do voto auditável. Ele o acusou de trabalhar para fraude nas
eleições, com a volta do ex-presidente Lula.
"A
democracia, sim, se vê ameaçada por parte de alguns de toga que perderam a
noção de onde vão os seus deveres e os seus direitos. Quando você vê o ministro
Barroso e o parlamento negociarem o acordo com algumas lideranças para que o
voto impresso não fosse votado na Comissão Especial... O que ele quer com isso,
no meu entender? E vai ser comprovado nos próximos dias, vai ser comprovado da
minha parte. Fraude nas eleições, tá?", continuou.
O
chefe do Executivo voltou a dizer que apresentará provas de que as eleições
foram fraudadas, embora apresente a mesma narrativa desde 2019, sem nunca ter
mostrado prova nenhuma. O presidente também desafiou Barroso a mostrar que, de
fato, a urna eletrônica é segura.
"Daí,
falam que eu não tenho como apresentar prova de fraude. Eu vou apresentar, mas
eu desafio o Barroso antes. Me apresente uma prova de que não há fraude, que o
voto eletrônico é seguro. Eu pergunto: o Brasil é um país que desponta no
tocante a informatização? Não. Por que o Japão, por exemplo, não adota, o voto
eletrônico igual a nós? Porque a Coreia não faz o mesmo, ou os EUA? Um dos
raros países que adota esse sistema é o nosso. E as coisas tem que ser
aperfeiçoadas."
O
mandatário relatou que o Barroso possui interesse pessoal nas eleições de 2022.
"Por que que o Barroso não quer mais transparência nas eleições? Porque
tem interesse pessoal nisso. Ele tá se envolvendo numa causa como essa,
interferindo no Legislativo. Isso é concreto, porque, depois da ida dele ao
parlamento brasileiro, várias lideranças partidárias trocaram os integrantes da
comissão que analisa o voto auditável, por parlamentares que vão votar contra o
voto auditável."
Por
fim, Bolonaro afirmou que comprovará que Aécio Neves ganhou as eleições de 2014
no lugar de Dilma Rousseff.
Com
informações portal Correio Braziliense
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