não mexer

header ads

Homem, com 90% do pulmão comprometido, vence Covid: "Tinha certeza que esse milagre Deus me daria".

Fé, milagre e luta são algumas das palavras que a professora Ítala Mororó utiliza para resumir os meses de internação do marido, Jorge Pinheiro, de 66 anos, em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por causa de complicações causadas pela Covid-19. Durante o período no hospital, ela ia visitá-lo todos os dias, levando consigo uma garrafinha de água benta, um terço e medalhinhas de Nossa Senhora para ajudar o marido a se recuperar através da fé.  


Foram mais de dois meses na UTI. Tudo começou após uma viagem do casal no fim de novembro do ano passado. Após retornarem, eles passaram a sentir os sintomas. Ítala logo se recuperou, mas o marido só piorava a cada dia. No dia 8 de dezembro de 2020, Jorge foi internado com mais de 90% dos pulmões comprometidos.  

No início, os médicos utilizaram o capacete Elmo no tratamento, mas a terapia não teve sucesso. Ele precisou ser intubado, permanecendo nessa situação até fevereiro, quando recebeu alta. Durante esse período, precisou vencer, além da Covid-19, outras infecções, crises convulsivas e uma apneia, isto é, distúrbio que provoca a obstrução parcial ou total das vias respiratórias. “Ela ia todos os dias. Ela me contou que um dia chegou e eu estava meio agitado.  

Ela viu aquilo e perguntou na UTI o que estava acontecendo. Ela disse que só viu os médicos se vestindo com os equipamentos, correram lá para onde eu estava porque os aparelhos estavam todos enlouquecidos. Ela disse que só fez se encostar na parede e começou a rezar, e tudo foi voltando ao normal”, diz Jorge Pinheiro.  

MILAGRE  

Foi essa fé que guiou Ítala durante todos os dias de batalha do marido contra a Covid-19. Acompanhada de um terço, medalhinhas de Nossa Senhora e água benta, a professora visitava o marido diariamente na UTI, onde o benzia com o líquido sagrado e orava ao seu lado. Com um óleo, ela também desenhava cruzes nos pés e mãos de Jorge, em alusão a Jesus Cristo.  

“Um dia uma amiga me ligou e disse: ‘leve a medalha milagrosa’. Essa medalha foi cunhada na época de uma pandemia que apareceu na França. Do jeito que ela levantava o povo daquela época, ela ia levantar meu marido. Eu levava, mas não podia botar nada na cama, mas eu botava mesmo assim. Jogava água benta por trás das costas dele e deixava lá”, relembra Ítala Mororó.  

A fé estava presente no cotidiano do casal já antes da infecção pela Covid-19. Todos os dias desde o início da pandemia, sempre às 15h, a professora reza o terço da misericórdia, ao vivo nas redes sociais, pelas pessoas que estão lutando contra a doença.  

Nem mesmo quando o marido esteve internado, ela deixou de lado o compromisso que cumpre até hoje. Ela conta que o horário de visitação do hospital era muito próximo do horário do terço, o que a fazia chegar sempre perto de acabar o tempo de visita.  

Mas, certa vez, “eles renovaram o horário da visita para o mesmo horário do terço. Eu tentava convencer o hospital que eu não podia nesse horário porque eu tinha um terço ao vivo e que eu não podia deixar de fazer esse terço”, compartilha.


Postar um comentário

0 Comentários