O sonho de ser mãe mais uma vez foi interrompido por decisões descuidadas. Era uma gravidez de risco, tinha comorbidades e foi alertada desde a primeira gestação a tomar cuidados, que não o fez, seguindo em frente mesmo assim.
Mulher recebeu acompanhamentos médicos, mas não teve a chance de se despedir.
Além das gêmeas, ela deixa também outras duas crianças | Arquivo Pessoal
Na tentativa de expandir a sua família, Nathanny
Ribeiro da Silva morreu na última sexta-feira (16) por Covid-19 logo após dar à
luz prematuramente duas meninas gêmeas no Hospital Guilherme Álvaro, em Santos
(SP). Ela não teve chance de se despedir.
Para a enfermeira que a acompanhava, Ana Paula Maria Ramos, Nathanny era
teimosa. Além dos problemas sérios no coração e na tireoide, além da
hipertensão, a jovem de 27 anos não seguia as recomendações para impedir uma
gravidez e não comparecia às consultas de pré-natal. “Eu ou alguém da equipe
íamos até a casa dela para saber se estava tudo bem”, afirma.
Nathanny ainda deu entrada no hospital dia 15 de março já em quadro
grave, com uma gestação em risco, sendo internada em uma Unidade de Terapia
Intensiva (UTI) e retornando à enfermaria quatro dias depois.
No dia 21 de março chegou a fugir antes mesmo de concluir os cuidados
necessários e receber alta médica. Na madrugada de 23 de março, passou mal com
falta de ar. A tomografia decretava que ela estava com Covid-19. Dois dias
depois foi necessário submetê-la a uma cesárea de emergência, dando à luz às
gêmeas de sete meses.
Ela não teve a chance de conhecer as filhas. Foi sedada, intubada e
encaminhada para a UTI, onde morreu depois de não responder mais a nenhum
tratamento. Agora, Nathanny deixa também mais duas crianças. O corpo da jovem
foi sepultado ontem no Cemitério Jardim da Paz, em Guarujá.
Com informações do UOL
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