O Instituto Butantan desenvolveu uma nova fórmula de vacina contra a covid-19 e vai pedir à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) o início da fase de testes nesta sexta-feira (26). O anúncio oficial será feito pelo governador João Doria (PSDB) em uma entrevista marcada para o começo da manhã.
A entidade, ligada ao governo de São Paulo, fará parte de um consórcio
internacional e espera ter capacidade para produzir a maior parte dos
imunizantes utilizados na nova vacina, chamada até agora de ButanVac.
Atualmente, o Brasil depende de insumos internacionais, que vêm da China, para
desenvolver as vacinas da CoronaVac e de Oxford/AstraZeneca.
A ButanVac passou nos testes pré-clínicos, onde os efeitos são observados em animais. Os ensaios 1 e 2, voltados para segurança e a capacidade de promover resposta imune, envolveriam 1.800 pessoas. A fase de eficácia, em que pode ser pedido o uso emergencial e o registro final, são a terceira parte deste processo.
Parceria internacional
O Butantan fechou uma parceria com uma entidade filantrópica americana
para acelerar o processo. A intenção é ter a vacina pronta no prazo de dois
meses. Para isso, vão iniciar em maio a chamada produção de risco, mesmo sem o
aval da Anvisa.
Todos os testes do novo imunizante serão feitos no estado de São Paulo,
com cidadãos de várias idades. Segundo o diretor do Butantan, Dimas Covas, é
possível ter 40 milhões de doses prontas até o fim do ano.
O Butantan foi selecionado para a produção do imunizante porque a
tecnologia necessária é a mesma da vacina da gripe, já desenvolvida pelo
laboratório nacional.
Em parceria com o laboratório chinês Sinovac, o Instituto Butantan já
ofereceu ao PNI (Programa Nacional de Imunizações) 27,8 milhões de doses desde
o início das entregas, em 17 de janeiro. Até o fim de abril, o total de vacinas
garantidas pelo Butantan ao país somará 46 milhões.
Fonte: R7
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