O
TCU pede informações ao Ministério da Saúde sobre armazenamento, fracionamento
e distribuição de milhões de comprimidos da cloroquina. Para o Exército, o
tribunal solicitou dados relacionados à produção da substância.
12 de fevereiro de 2021
O Tribunal de Contas da União (TCU) solicitou,
nesta sexta-feira, 12, ao Ministério da Saúde e ao Exército informações sobre a
produção e distribuição de cloroquina - remédio sem eficácia comprovada contra
a Covid-19. O ministro Benjamin Zymler deu 15 dias para as respostas.
Zymler é o relator dos processos sobre a atuação do
Ministério da Saúde no combate à pandemia do novo coronavírus.
A cloroquina, apesar de não ter eficácia comprovada
contra a doença, é divulgada pelos bolsonaristas como um tipo de tratamento
precoce. O governo de Jair Bolsonaro adquiriu e distribuiu a substância para
diversos municípios, estados e instituições do País.
O Ministério da Saúde usou a Fiocruz (Fundação
Oswaldo Cruz) para a produção de 4 milhões de comprimidos de cloroquina, com o
emprego de dinheiro público emergencial voltado a ações contra a
Covid-19.
O TCU pede informações à pasta sobre armazenamento,
fracionamento e distribuição de milhões de comprimidos da hidroxicloroquina. O
tribunal também pediu ao Exército, que produz a substância, informações sobre a
dispensa de licitação para compra de Sal Difosfato, usado na produção de
cloroquina; a quantidade de cloroquina de 150 mil produzida em 2017, 2018 e
2019; o volume de Sal Difosfato usado nessas produções e a previsão de produção
de cloroquina de 150 mg para 2021.
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