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Ministro das Relações Exteriores diz que não há previsão para chegada de mais vacinas ao Brasil

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto de Araújo, disse nesta quarta-feira (20) que não há previsão para a chegada de insumos chineses para a produção de vacinas no Brasil. A produção está paralisada por falta de matéria-prima vinda da China. O envio de vacinas prontas da Índia também não tem data para acontecer. O ministro negou que os conflitos diplomáticos entre o bolsonarismo e o governo Chinês tenha influenciado o atraso.

A produção de vacinas contra covid-19 no Brasil ainda está parada por falta de matéria-prima da China.

Agência Brasil

"Nós não identificamos nenhum problema de natureza política em relação ao fornecimento desses insumos provenientes da China. [...] Nem nós do Itamaraty, aqui de Brasília nem a nossa embaixada em Pequim nem outras áreas do governo identificaram problemas de natureza política, diplomática", afirmou Araújo, que em seguida falou sobre a falta de previsão para a chegada dos insumos.

"Em relação ao prazo para entrega das vacinas que estamos importando da Índia, eu não posso mencionar agora um prazo, mas queria reiterar que está bem encaminhado e que estou conduzindo pessoalmente as conversações com as autoridades da Índia", afirmou, dizendo que a alta demanda é o motivo pelo atraso.

O diretor do Instituto Butantan Dimas Covas comentou, em entrevista esta quarta na TV Cultura, que a mobilização por insumos para vacinas contra Covid-19 é urgente, pois o estoque de vacinas está próximo do fim. Ele afirmou que os ataques que Bolsonaro e seus filhos fazem a China contribuiu para o atraso.

"Falta de planejamento, combate irracional à pandemia. Questionando sempre as vacinas, principalmente chinesas. Seguramente a posição geopolítica do Brasil atrapalhou".

A produção de vacinas contra covid-19 no Brasil ainda está parada por falta de matéria-prima da China e os possíveis motivos para o atraso estão sendo atribuídos ao mal relacionamento que o governo Bolsonaro construiu com o país asiático nos últimos anos.

Após enviar as primeiras doses da Coronavac – vacina produzida pelo laboratóriochinês Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan – a todo os estados brasileiros, o diretor do Instituto Butantan informou ontem que a produção da vacina está paralisada no momento, por falta de matéria-prima importada da China. O instituto brasileiro já utilizou todo material que tinha em estoque.

A série de gafes do governo Bolsonaro e de seu mininstro da Saúde, Ricardo Pazzuelo, estão gerando um série de críticas. A outra vacina, produzida na Índia, também não tem data definida. Ao contrário do que o governo brasileiro afirmou, a Índia disse não ter definido qualquer data de envio das vacinas para o Brasil. O governo indiano afirmou que irá priorizar o envio a países vizinhos, e que, nas próximas “semanas ou meses”, enviará aos restantes.

Confrontado, o ministro Pazuello disse que é difícil negociar com a ìndia, por causa do fuso-horário. A vacina também depende de insumos chineses para ser fabricada. O diretor do Instituto Fiocruz, responsável pela produção no Brasil, disse que, mesmo se os insumos chegassem amanhã, levaria um mês para as doses suficientes ficarem prontas para atender a população, prevendo para março o envio das primeiras doses da vacina Oxford-Astrazeneca no Brasil.

A produção de vacinas contra covid-19 no Brasil ainda está parada por falta de matéria-prima da China.

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