o Ministério da Saúde informou que está investigando a exposição indevida de dados pessoais de mais de 200 milhões de brasileiros, por pelo menos seis meses, após uma possível falha no sistema de notificações da Covid-19. A pasta disse que o problema já foi corrigido.
A falha permitiu que informações pessoais, como nome, endereço, telefone e CPF, de todas as pessoas cadastradas no SUS (Sistema Único de Saúde) ou que tenham aderido a um plano de saúde ficassem livres para consultas.
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A falha permitiu que informações pessoais, como nome, endereço, telefone
e CPF, de todas as pessoas cadastradas no SUS (Sistema Único de Saúde) ou que
tenham aderido a um plano de saúde ficassem livres para consultas, de acordo
com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.
A exposição indevida teria atingido até mesmo autoridades da República,
como o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o presidente da Câmara dos
Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre
(DEM-AP).
O jornal afirma que o problema foi causado pela exposição indevida de
login e senha de acesso ao sistema que armazena os dados cadastrais dos
brasileiros no Ministério da Saúde, pasta comandada por Eduardo Pazuello.
Por meio de nota, o Ministério da Saúde afirmou que possui protocolos de
segurança e proteção de dados, que são constantemente avaliados e aprimorados a
fim de mitigar exposições.
"Os incidentes reportados estão sendo investigados para apurar a
responsabilidade da exposição da base cadastral do MS [Ministério da
Saúde]", afirma o texto.
"Vale lembrar que o conteúdo ofensivo identificado já foi
corrigido. Ações de segurança estão sendo tomadas para impedir novos
incidentes, assim como ações administrativas para apurar o ocorrido, completa o
texto."
Falhas de segurança
Em novembro deste ano, o Ministério da Saúde confirmou que havia
indícios de ataque cibernético ao seu sistema, a exemplo do que ocorreu no STJ
(Superior Tribunal de Justiça). O ataque teria causado falhas no sistema de
acompanhamento dos casos da Covid-19.
Desde o início do mês, quando o ataque no STJ veio à tona, havia relatos
de possível ataque também no Ministério da Saúde. A pasta, no entanto, só
confirmou o caso oficialmente no dia 13.
O governo Jair Bolsonaro afirmou na época que todos os sistemas haviam
sido restabelecidos, mas que ainda poderia haver intermitência, já que o
departamento de informática do SUS (Sistema Único de Saúde) continua
trabalhando nos dispositivos de segurança.
FOLHAPRESS.
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