O estoque encalhado de cloroquina e hidroxicloroquina em municípios e estados brasileiros, em alguns casos, seria suficiente para um século de abastecimento, segundo um levantamento do jornal Metrópoles, do Distrito federal. Os medicamentos foram a grande aposta sem comprovação médica do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) para o tratamento precoce de Covid-19.
O medicamento, pago com recurso público, foi a grande aposta sem comprovação médica de Bolsonaro para o tratamento de Covid-19.
Bolsonaro e a cloroquina (Reprodução)
No total ao menos 5,9 milhões de comprimidos
do remédio foram distribuídos em todo o país, de acordo com informações do
Ministério da Saúde. O jornal afirma que consultou as 26 secretarias estaduais
de Saúde, e a do Distrito Federal, e foi atrás das prefeituras das principais
capitais brasileiras e grandes cidades do interior para mapear como estão os
estoques do medicamento.
De todos os órgãos questionados, 16
secretarias estaduais de Saúde responderam e as outras 11 não se manifestaram.
Juntas, receberam 4,715 milhões de comprimidos de cloroquina. Desse total, no
entanto, 1,161 milhão de doses já foram devolvidas para o Ministério da Saúde,
e 484 mil, estocadas (guardados para eventual futuro uso).
Os relatos são de quase total desinteresse
pela substância propagada por Bolsonaro. Logo, os 2,449 milhões de comprimidos
enviados (ou seja, não estocados nem devolvidos) por esses estados podem ainda
estar parados nas inúmeras cidades brasileiras.
A apuração sinaliza que nos próximos meses
pode haver uma nova enxurrada de remessas ao Ministério da Saúde de
medicamentos pagos pelo governo federal em meio à campanha intensiva do
presidente da República em defesa da cloroquina, e prestes a vencer.Leia o
levantamento completo no Metrópoles
Com Informações de
Revista Forum.
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