“Ganha força”, “mais relevante”, “fenômeno”. Esses foram alguns dos termos usados por analistas e veículos de comunicação em referência ao Partido Socialismo e Liberdade, o Psol. Nas urnas, no entanto, a legenda segue longe de ser potência. No primeiro turno, realizado no último domingo, 15 de novembro, a sigla só conquistou quatro prefeituras.
Partido segue nanico no Poder Executivo municipal.
O Psol saiu do pleito vitorioso em Marabá Paulista (SP), Potengi (CE), Ribas do Rio Pardo (MS) e Janduís (RN) — municípios longe de ser potências econômicas e populacionais. As cidades com prefeitura conquistada pelos socialistas têm população estimada em 6 mil, 11 mil, 25 mil e 5 mil habitantes, respectivamente. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Mesmo
assim, a direção do partido de esquerda fez questão de registrar o fator
“histórico” nas eleições. Afinal, pela primeira vez desde sua fundação — feita
a partir de dissidentes do PT —, o Psol terá a oportunidade de administrar ao
menos uma cidade nos Estados de São Paulo, Ceará e Mato Grosso do Sul.
Em
Janduís, o Psol vai comandar o Executivo (pela segunda vez consecutiva) e o
Legislativo. Além de eleger Salomão Gurgel como prefeito (ele já havia
comandado a cidade quando pertencia ao PT), o partido socialista contará com
seis dos nove vereadores. “Vitória retumbante”, definiu a direção da sigla
sobre o pleito da cidade potiguar, onde o processo eleitoral foi marcado por um
crime. Em abril, o pré-candidato do partido à prefeitura, Netinho, foi
assassinado.
Segundo turno
Além
das quatro prefeituras conquistadas no primeiro turno, o Psol pode terminar as
eleições 2020 com o total de seis prefeitos eleitos. A sigla socialista segue
na disputa em São Paulo, com Guilherme Boulos. Também
voltará às urnas em apoio a Edmílson Rodrigues, em Belém. Número distante das 774 prefeituras
sob comando do MDB a partir de 2021, como informa o portal G1.
Vereadores em capitais
O
Psol enfatiza o fato de ter crescido em 50% no Poder Legislativo nas capitais
estaduais do país. Em 2016, o partido tinha eleito 22 vereadores nessas
cidades. Neste ano, o montante foi para 33. Como a votação da vez foi realizada
em 25 capitais, é como se a legenda de esquerda tivesse, na média, 1,32
vereador em cada um desses municípios. E ainda há quem classifique o Psol como
partido relevante.
Fonte: https://revistaoeste.com/
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