Seja em repasses diretos ou por meio de subcontratadas, o Facebook foi a empresa que mais faturou com as eleições municipais nestas três primeiras semanas de campanha, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Até ontem, 5.096 candidatos de todo o País haviam declarado gasto de R$ 12,8 milhões com impulsionamento de propaganda na internet para a rede social norte-americana.
No topo da lista está o candidato à prefeitura de Fortaleza José Sarto (PDT), com gasto de R$ 420 mil. Em São Paulo, a maior declaração de gasto é de Bruno Covas (PSDB). O tucano declarou à Justiça Eleitoral gasto de R$ 200 mil para que a rede social exibisse suas mensagens para mais pessoas. A campanha confirma ter feito tal compra, mas afirma que nem todas as despesas foram executadas e que parte desse valor poderá não ser utilizado.
O Facebook permite que anunciantes modulem os anúncios que querem espalhar para grupos específicos. É possível escolher se o objetivo é que mais homens ou mais mulheres vejam a mensagem, de qual faixa etária específica, ou de determinados gostos. Um usuário da rede que, por exemplo, passa mais tempo vendo fotos do cães e curte páginas de proteção ao animal é mais propenso a receber anúncios de pessoas que escolheram atingir amantes de cachorros.
O
cientista político Cleyton Monte, do Laboratório de Estudos sobre Política,
Eleições e Mídias (Lepem) da Universidade Federal do Ceará, disse que a
minirreforma eleitoral permite esses impulsionamentos. Uma das vantagens desse
modelo, afirmou, é que o candidato chega a mais pessoas “se tiver uma campanha
com mensagem clara, com proposta de marketing coerente”.
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