Após 35 dias em greve, nesta terça-feira (22) funcionários dos Correios devem voltar ao trabalho. Ontem (26), no julgamento do dissídio da categoria, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) aprovou reajuste de 2,6%.A maioria dos ministros também entendeu que o movimento, que começou em 17 de agosto, não foi abusivo.
Pela decisão, metade dos dias de
greve será descontado do salário dos empregados, a outra metade terá que ser
compensada. No caso de descumprimento da decisão de retorno imediato, a multa
diária foi fixada em R$ 100 mil.
Em nota, a Federação Nacional dos
Trabalhadores em Empresa dos Correios e Similares ( Fentect), criticou a
decisão do TST. “Essa decisão representa mais um ataque aos direitos da classe
trabalhadora, e um retrocesso a nossa categoria. É mais uma mostra de como o
Judiciário se mantém servil ao patronato, atuando de forma político partidária,
e se mantendo distante do propósito de justiça e dignidade à classe
trabalhadora”, disse José Rivaldo da Silva, secretário-geral da federação.
Além de considerar o reajuste
insuficiente, entre as maiores perdas contabilizadas pela entidade está a
redução dos dias de licença maternidade na empresa, que passará de 180 dias,
como praticada em todo o governo federal, para 120 dias.
O documento publicado pela
Federação diz que a entidade realizará, na manhã de hoje, reunião com sua
diretoria para avaliação do cenário.
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