O avanço da pandemia no Brasil,, com a crescente circulação do vírus, também vai permitir resultados mais rápidos para a pesquisa com as possíveis vacinas, diz Covas. "A China não seria um bom lugar para fazer o estudo, com o número de casos diminuindo. O Brasil está em um momento propício para os estudos clínicos", afirma.
Um dos maiores desafios nessa
produção deve ser a redução de pessoal devido ao distanciamento social imposto
pela pandemia, aponta Zuma, do Bio-Manguinhos. "Temos baixa de
funcionários, hoje trabalhamos com pouco mais de um terço do efetivo. Novas contratações
podem ser necessárias", diz.
Em São Paulo, Covas não descarta
cooperações com a USP (Universidade de São Paulo) e com alunos de pós-graduação
do próprio instituto. "Temos corpo técnico de qualidade e pessoas com
formação prática na fábrica. Além disso, somos uma escola que forma
profissionais continuamente", afirma o cientista.
Butantan e Bio-Manguinhos também
trabalham para desenvolver suas próprias vacinas. "Esse processo vai
deixar um legado na agilização do estabelecimento de plataformas para a s vacinas;
vai permitir a criação de um novo modelo", afirma Zuma.
"Fica a lição para não
deixar de lado o investimento nas instituições públicas. Vacinas são
estratégicas para o país e são questão de segurança nacional", completa.
Para Zuma, é haver união de esforços
entre as instituições públicas e empresas. Segundo ele, há uma expectativa de
que Bio-Manguinhos e Butantan sejam instituições chave para preencher a lacuna
da vacina na América Latina.
"Temos de somar o máximo
possível para aumentar a capacidade. Não é momento de concorrência agora; a
disputa é com o vírus."
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