O presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) responde a um inquérito
no Supremo Tribunal Federal (STF) em que foi acusado pelo ex-ministro
Sergio Moro de interferir na Polícia Federal (PF). Por conta disso, Bolsonaro
poderia ser obrigado a entregar seu telefone celular, para perícia na investigação.
Em consequência, um grupo de militares da reserva assinou uma nota de
apoio ao ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general Augusto
Heleno, que afirmou que a atitude de confiscar o celular
teria "consequências imprevisíveis".
Na nota, os militares alertam para um cenário extremo, de "guerra
civil". Dizem que falta "decência" e "patriotismo" a
parte dos ministros do STF.
Veja a íntegra da nota:
SOLIDARIEDADE AO GENERAL AUGUSTO HELENO RIBEIRO PEREIRA
Nós, oficiais da reserva do Exército Brasileiro, integrantes da Turma
Marechal Castello Branco, formados pela "SAGRADA CASA" da Academia
Militar das Agulhas Negras em 1971, e companheiros dos bancos escolares das
escolas militares que, embora tenham seguido outros caminhos, compartilham os
mesmos ideais, viemos a público externar a mais completa, total e irrestrita
solidariedade ao GENERAL AUGUSTO HELENO RIBEIRO PEREIRA, Ministro-Chefe do
Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, não só em
relação à Nota à Nação Brasileira, por ele expedida em 22 de maio de 2020, mas
também em relação a sua liderança, a sua irrepreensível conduta como
militar, como cidadão e como ministro de Estado.
Alto lá, "ministros" do stf!
Temos acompanhado pelo noticiário das redes sociais (porquanto, com
raríssimas exceções, o das redes de TV, jornais e rádios é tendencioso,
desonesto, mentiroso e canalha, como bem assevera o Exmº. Sr. presidente da
República), as sucessivas arbitrariedades, que beiram a ilegalidade e a
desonestidade, praticadas por este bando de apadrinhados que foram alçados à
condição de ministros do stf, a maioria sem que tivesse sequer logrado
aprovação em concurso de juiz de primeira instância.
Assistimos, calados e em respeito à preservação da paz no país, à
violenta arbitrariedade de busca e apreensão, por determinação de conluio de
dois "ministros", cometida contra o General Paulo Chagas, colega de
turma. Mas o silêncio dos bons vem incentivando a ação descabida dos maus, que
confundem respeito e tentativa de não contribuir para conturbar o ambiente
nacional com obediência cega a "autoridades" ou conformismo a seus
desmandos. Aprendemos, desde cedo, que ordens absurdas e ilegais não devem ser
cumpridas.
Desnecessário enumerar as interferências descabidas, ilegais, injustas,
arbitrárias, violentas contra o Exmº Sr. Presidente da República, seus
ministros e cidadãos de bem, enquanto condenados são soltos, computador e
celular do agressor do então candidato Jair Bolsonaro são protegidos em razão
de uma canetada, sem fundamentação jurídica, mas apenas pelo bel-prazer de um
ministro qualquer.
Chega!
Juiz que um dia delinquiu - e/ou delinque todos os dias com decisões
arbitrárias e com sentenças e decisões ao arrepio da lei - facilmente perdoa.
Perdoa, apoia, põe em liberdade e defende criminosos, mas quer mostrar
poder e arrogância à custa de pessoas de bem e autoridades legitimamente
constituídas. Vemos, por esta razão, ladrão, corrupto e condenado passeando
pela Europa a falar mal do Brasil. Menos mal ao país fizeram os corruptos do
mensalão e do petrolão, os corruptos petistas e seus asseclas que os maus
juízes que, hoje, fazem ao solapar a justiça do país e se posicionar
politicamente, como lacaios de seus nomeadores, sequazes vermelhos e vendilhões
impatrióticos.
O cunho indelével da nobreza da alma humana é a justiça e o sentimento
de justiça. Faltam a ministros, não todos, do stf, nobreza, decência,
dignidade, honra, patriotismo e senso de justiça. Assim, trazem ao país
insegurança e instabilidade, com grave risco de crise institucional com
desfecho imprevisível, quiçá, na pior hipótese, guerra civil. Mas os que se
julgam deuses do Olimpo se acham incólumes e superiores a tudo e todos, a
saborear lagosta e a bebericar vinhos nobres; a vaidade e o poder lhes cegam
bom senso e grandeza.
Estamos na reserva das fileiras de nosso Exército. Nem todos os reflexos
são os mesmos da juventude. Não mais temos a jovialidade de cadetes de então,
mas mantemos, na maturidade e na consciência, incólumes o patriotismo, o
sentimento do dever, o entusiasmo e o compromisso maior, assumido diante da
Bandeira, de defender as Instituições, a honra, a lei e a ordem do Brasil com o
sacrifício da própria vida. Este compromisso não tem prazo de validade; ad
eternum.
Brasília, 23 de maio de 2020.
( com informação da UOL )
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