O presidente respondeu a questionamento sobre o seu alinhamento com o ministro da Saúde (foto: Minervino Júnior) |
O presidente Jair
Bolsonaro voltou a defender ontem (13/05) o retorno das atividades econômicas
em todo o país. "O que tem que voltar a trabalhar. Quem não quiser
trabalhar, que fiquem em casa, porra. Ponto final", disse à imprensa, no
Palácio da Alvorada. Na última terça-feira (12), o país atingiu recorde de
óbitos por covid-19, com 881 registros realizados em 24 horas.
As falas do presidente foram em resposta
a questionamento sobre o seu alinhamento com o ministro da Saúde, Nelson Teich,
que ainda defende o isolamento social, enquanto Bolsonaro, desde o início da
pandemia, defende que o distanciamento seja feita apenas por pessoas que estão
no grupo de risco - idosos e pessoas com doenças crônicas.
Para ele, no
Brasil há um movimento errado de se preocupar apenas com a questão do vírus,
pontuando que "o desempregado está do lado". "Vai chegar num
ponto que esse povo com fome vai vir às ruas", disse. Conforme o chefe do
Executivo, para ser "politicamente correto, muita gente não fala nada ou
fica adotando essas medidas de isolamento total”.
De acordo com
Bolsonaro, "o homem que está passando fome perde a razão".
"Ficar
em casa para quem pode, legal. Agora para quem não tem condições, a geladeira
está vazia, é desumano. O cara tem que trabalhar. O governador de São Paulo
(João Doria) disse que é melhor o isolamento do que o sepultamento. Quem ficar
em casa parado, vai morrer de fome. Até o urso tem o prazo para hibernar. Ele
fica três, quatro meses, depois sai, pô. Nós não podemos ficar hibernando em
casa" afirmou.
Foram
confirmados ontem 12.400 óbitos por covid-19, doença causada pelo novo
coronavírus, e 177.589 casos confirmados. Como ainda não existe um remédio ou
vacina contra o vírus, a medida mais eficaz apontada por autoridades
sanitárias, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), para evitar o aumento de
casos de forma ainda mais acelerada, é o distanciamento social. Algumas cidades
brasileiras já adotaram o confinamento total - chamado de "lockdown".
Com
informações portal Correio
Braziliense
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