Por causa da confirmação do
primeiro caso de coronavírus no país, o de um homem de São Paulo, o Ministério
da Saúde decidiu antecipar a campanha de vacinação contra a gripe. Segundo o
ministro Luiz Henrique Mandetta, a campanha prevista para abril terá início
este ano no dia 23 de março. Para a campanha, serão disponibilizadas 75 milhões
de doses.
“Antecipamos em 23 dias a data
prevista original para essa campanha”, disse o ministro.
A campanha vai privilegiar
gestantes, puérperas, crianças de até seis anos de idade, idosos e,
possivelmente, acrescentou o ministro, outros grupos de pessoas que trabalham
na área de segurança e população carcerária. “Este ano vamos fazer outros
grupos que não os idosos. Devemos fazer [vacinação] nas forças de segurança, na
população presidiária completa, nos agentes penitenciários. Devemos fazer a
ampliação de segmentos para diminuir a circulação epidêmica”, falou o
ministro.
Gripe x Coronavírus
A vacina contra a gripe não previne o coronavírus. Mas segundo o
ministro, ela será importante para combater os demais vírus associados a outros
tipos de gripes e diminuir a dificuldade dos profissionais de saúde na hora de
identificar corretamente o tipo de vírus que está provocando os sintomas no
paciente.
“A vacina [da gripe]dá cobertura e
deixa o sistema imunológico 80% protegido contra essas cepas de Influenza e
virais que estão circulando e são mais comuns que o coronavírus”, disse o
ministro. “Para um profissional de saúde, quando um indivíduo tem um quadro
gripal e informa que já foi vacinado [contra gripe], isso auxilia muito o
raciocínio do profissional para pensar na possibilidade de outras viroses que
não aquelas que são cobertas pela vacina. Ela [a vacina]é um instrumento
importante porque diminui a espiral de epidemia desses outros vírus que podem
eventualmente ocorrer e confundir a população”, destacou o ministro.
(Agência Brasil)
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