Após 18 anos, a Infraero
encerra a gestão das operações no Aeroporto Orlando Bezerra de Menezes, em
Juazeiro do Norte, na próxima segunda-feira (13). O terminal passará a ser
administrado pela Aena Desarrollo Internacional, empresa espanhola, que o
arrematou, em março do ano passado, pelas próximas três décadas.
O terminal recebeu, nos
últimos anos, mais de R$ 20 milhões em investimento. Desde 2002, a capacidade
mais que dobrou, passado de 800 mil para 1,7 milhão de passageiros por
ano.
Também foi realizada
obra de requalificação da pista de pousos e decolagens, que prolongou a
resistência do pavimento, possibilitando a operação de aeronaves de maior
porte; além da ampliação do pátio de manobras.
Atualmente, o aeroporto
conta com voos, operados pelas companhias aéreas Azul e Gol, com destino a
Campinas e Guarulhos (SP), Recife (PE) e Fortaleza (CE). Com localização
estratégica, o aeroporto representa uma importante ferramenta para o
desenvolvimento econômico e mobilidade da população para várias áreas do Cariri,
não somente para o Sul e Centro Sul do Ceará, mas também para outros estados.
Atende ainda a população do Noroeste de Pernambuco, do Alto Sertão da Paraíb e
Sudoeste do Piauí.
“A Infraero possui um
histórico extremamente positivo na gestão do Aeroporto de Juazeiro do Norte”,
afirmou o presidente da Infraero, Brigadeiro Paes de Barros. Somente nos
últimos 15 anos, o número de viajantes que utilizam anualmente o terminal
saltou de 30 mil para mais de 560 mil, com recordes consecutivos de movimentação
nos últimos cinco anos.
Segundo Paes de Barros,
a Infraero segue comprometida com a agenda do Governo Federal, de concessão dos
aeroportos da União à iniciativa privada. “Entregamos ao novo operador
aeroportuário um terminal moderno e, acima de tudo, que opera com elevados
níveis de segurança”, disse.
Transição
O presidente da Infraero
também ressaltou “a importância do empenho dos funcionários da empresa na
transição da gestão do terminal aeroportuário, o que garantiu que o processo
ocorresse da maneira mais fluida possível, sem qualquer impacto na qualidade dos
serviços aos passageiros”. Paes de Barros acrescentou ainda que os demais
aeroportos operados pela empresa continuarão a ter o mesmo nível de performance
e segurança até que as atividades sejam totalmente transferidas à iniciativa
privada.
Além do terminal do
Cariri, a empresa espanhola Aena arrematou, em março do ano passado, com o ágio
de 1.010% em relação ao lance mínimo inicial de R$ 171 milhões, os aeroportos
de Recife (PE), Maceió (AL), Aracaju (SE), João Pessoa (PB) e Campina Grande
(PB). A previsão é que os terminais, que compõem o Bloco Nordeste de Concessões
de Aeroportos, recebam, ao longo dos próximos 30 anos, investimento de R$ 2,153
bilhões, sendo que um terço, ou R$ 788 milhões, deverá ser aplicado nos
próximos cinco anos.
Por Antonio Rodrigues
Fonte: Diário do
Nordeste
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