A menos de um mês para o início da pré-estação
chuvosa no Ceará - que vai de dezembro a janeiro – institutos de previsão
climática indicam que as precipitações no período não devem superar a média
histórica registrada no estado.
O Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos
(CPTEC/Inpe) prevê chuvas abaixo da média. Já o Instituto Nacional de Meteorologia
(Inmet) aponta ocorrência de precipitações dentro da normalidade. A Fundação
Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), por sua vez, não
apresenta prognóstico para o período.
A média histórica de precipitações para os meses de
dezembro e janeiro é reduzida, segundo a Funceme. O bimestre que inclui
novembro e dezembro tem média de 37.4 milímetros. O mês de janeiro, por sua
vez, tem volume médio em torno dos 98 milímetros. Considerando o trimestre –
novembro a janeiro – o esperado é de 136.1 milímetros.
O meteorologista da Funceme, Raul Fritz, esclarece
que "os modelos apresentam sensibilidade pequena para esse período, pois
os sistemas meteorológicos que atuam nesses meses (Vórtices Ciclônicos e
Cavados) são de previsibilidade de curto prazo". Diante disso, segundo o
especialista, as previsões tendem a não serem tão assertivas.
Apesar da ausência de garantias concretas, o
período é aguardado com ansiedade pelos sertanejos. O olhar antecipado sobre a
pré-estação é importante pois os reservatórios estratégicos e também os
pequenos e médios açudes que abastecem cidades estão secando no sertão
cearense. Nas cisternas a água igualmente se aproxima do fim.
Para favorecer a quadra chuvosa no Ceará, o cenário
ideal é a ocorrência do que os meteorologistas chamam de dipolo do Atlântico,
ou seja, a parte Sul mais aquecida do que o Norte para atrair a Zona de
Convergência Intertropical (ZCIT), que é uma larga banda de nuvens e o
principal sistema que traz precipitações entre fevereiro e maio para o Ceará.
G1 CE
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