FOTO: José Leomar
O Ceará atingiu a média histórica da quadra chuvosa,
faltando um mês e dois dias (de computação dos dados) para a conclusão da
quadra chuvosa no Estado (fevereiro, março, abril e maio), segundo dados da
Fundação Cearense de Pesquisa e Meteorologia (Funceme), atualizados no início
da tarde desta segunda-feira (30). Os números, sujeitos ainda a alterações,
apontam que, de fevereiro até esta segunda, o Ceará registrou 600,9mm,
0,2 milímetros a mais que a média, que é de 600.7mm.
“Podemos já comemorar. Nós já tivemos uma chuva média observada
referente aos quatro meses, de fevereiro até maio, nos três meses (de fevereiro
a abril). Já alcançamos essa média histórica para o Estado como um todo”,
afirma Raul Fritz, meteorologista da Funceme.
A Funceme esclarece que, embora a média tenha sido atingida, deve ser
ressaltado que os números (de abril) estão sujeitos a alteração até o
fim do mês, podendo oscilar para mais ou menos, pois muitos postos não
informaram ainda o registrado e faltam dois dias (de computação de dados) para
o término do mês.
Os dados foram alcançados graças ao patamar das boas chuvas de
fevereiro e março de 2019. Vale salientar que os três meses, incluindo a
parcial de abril, superaram suas médias. Em fevereiro, foi registrado 172,5,
45,4% a mais que a média do período, que é de 118,6mm; março obteve 235,2mm, um
desvio positivo de 15,6% e abril com 193,2mm, 2,7% a mais que os 188mm.
Um fator a ser destacado é que ainda restam 31 dias para o fim
da quadra invernosa cearense, que começa em fevereiro e termina em
31 de maio. Caso as precipitações durante esses dias restantes fiquem em torno
da média, é possível que em 2019 tenhamos um inverno acima da média, superior a
700mm. “O mês de maio costuma registrar uma média perto de 91mm. Se vier a
acontecer essa média em maio, poderemos ultrapassar a média
histórica do quadrimestre”, destaca Raul Fritz.
Apesar dos números positivos, não há muito o que se comemorar em relação
ao aporte dos principais açudes monitorados pela Companhia da Gestão
dos Recursos Hídricos (Cogerh). Até ontem, eles registravam apenas 19,9%. Dos
155, apenas 32 estavam sangrando, seis estavam acima de 90% da sua capacidade e
74% com menos de 30% de aporte. Nas regiões Centro-Sul e Central, onde se
localizam os maiores açudes cearenses, as precipitações têm sido abaixo da
média.
(Diário do Nordeste).
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