O presidente do INSS, Leonardo Gadelha, disse que será produzido um projeto piloto no início do ano e a idea é que, até o fim de 2017, o serviço seja oferado a todos os segurados. “A gente almeja fechar o ano de 2017 com esse serviço disponível ao cidadão”, disse.
De acordo com Gadelha, o órgão acompanhará os resultados nas localidades em
que o sistema for implementado como teste. O piloto iniciará por Mossoró, no Rio
Grande do Norte.
Segundo o diretor de benefícios do órgão, Robinson Nemeth, caso a documentação estiver em dia, será possível pedir a aposentadoria e concluir o processo sem necessidade de ir a uma agência do INSS.
“As pessoas não precisarão ir à agência para requerer a aposentadoria, por exemplo. Se
não tiver documentação pendente, não precisará comparecer. Boa parte do que está no
sistema é considerado como prova plena”, conta.
Para o início de 2017, o INSS afirma que vai disponibilizar a plataforma “Meu INSS”, que
já foi testada com o público interno e oferece serviços como agendamentos, declaração de regularidade do contribuinte individual, entre outros.
A principal funcionalidade, de simulação do tempo de serviço, será disponibilizada até março. De acordo com Nemeth, o extrato vai passar a mostrar a soma do tempo de serviço. “Hoje o extrato não simula o tempo. Apresenta as empresas nas quais trabalhou, as datas e os repasses que a empresa fez”, explanou.
Segundo o presidente do INSS, será uma forma de o segurado controlar mais as contribuições. “É uma lógica de controle social interessante. Você vai verificar online se a empresa onde trabalhou fez recolhimento”, disse.
Os serviços que serão disponibilizados pela internet são procurados por 1,2 milhão das cerca de 3,7 milhões de pessoas que vão às agências do INSS a cada mês.
De acordo com o orgão, será possivel fazer as consultas a partir do número do CPF. Em
seguida, o sistema fará perguntas ao usuário para checar os dados.
“A maior dificuldade foi sempre identificar o cidadão do outro lado. Aí pegamos exemplo
com os bancos de como faziam o acesso com relação ao cartão de crédito, como tinham
segurança suficiente. Nós percebemos que dava pra fazer algo ainda mais seguro no
INSS, porque o banco de dados é muito mais robusto”, contou Nemeth.
Gadelha negou que a oferta do serviço tenha relação com possíveis efeitos da reforma da
Previdência, enviada pelo presidente Michel Temer ao Congresso no início deste mês. Ele
concorda, no entanto, que virá “em boa hora”.
“Não tem relação direta. Isso já vinha sendo testado, o que fizemos foi intensificar, dar o
patrocínio moral e material para que fosse levado a cabo”, afirmou.
Com informações Folha de São Paulo
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