Renan e Dilma se encontram no início dos trabalhos do Congresso (Foto: Ichiro Guerra/PR) |
Pupilo do senador Renan
Calheiros (PMDB-AL), presidente do Congresso Nacional, o ex-senador Gim Argello
(PTB-DF) foi preso nesta terça-feira (12) na 28ª fase da Operação Lava Jato.
O ex-senador é conhecido pela interlocução não só no Palácio do Planalto, mas também pelo acesso a muitas lideranças partidárias.
Entre os parceiros de Gim Argello está Renan Calheiros, que até agora tem feito o possível para barrar o avanço do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
A rede de relacionamentos liga Argello, Calheiros, Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva.
Além dos amigos Dilma e Lula, Renan e Argello têm outra coisa em comum: as encrencas com a Justiça. O cacique do PMDB, que já apareceu nas investigações da Lava Jato, responde a quase uma dezena de ações no Supremo Tribunal Federal. Entre as acusações estão a de lavagem de dinheiro e peculato. Por isso o presidente do Senado sabe que defender a permanência de Dilma é importante para a sua sobrevivência.
Muito próximo a Dilma (e graças a uma indicação do amigo Renan), Argello quase abocanhou um posto de ministro no Tribunal de Contas da União (TCU). Agora preso, o pupilo do presidente do Senado terá dificuldades. Segundo o procurador da República Athayde Ribeiro Costa, da força-tarefa da 28ª etapa da Lava Jato, o ex-senador adotou a "corrupção ao quadrado" – estratégia de crime que consistiu na prática de corrupção para encobrir outra corrupção. Acusado de tentar atrapalhar as investigações, foi levado para a carceragem da PF em Curitiba.
Quando era vice-presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras no Congresso, Argello exigiu propinas para livrar as empreiteiras OAS e UTC Engenharia das investigações. As duas empresas formam o cartel instalado na Petrobras entre 2004 e 2014 para fraudar licitações bilionárias.
"Estamos diante de um caso de corrupção ao quadrado, corrupção qualificada. O caso revela grave atentado à República. O ex-senador obstruía as investigações das CPIs", disse o procurador.
A parceria entre Argello e Renan é antiga. Argello era suplente e assumiu em 2007 a vaga deixada pelo ex-governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz, que renunciou após acusação de participação em desvios em um banco de Brasília.Sua trajetória sempre foi ligada ao governo federal e a Renan.
Protestos da oposição e de funcionários do TCU forçaram Argello a desistir da indicação em abril de 2014. Além de ter se complicado na Lava Jato, o ex-senador é investigado em outra operação da PF, a Zelotes, que apura a suposta compra de medidas provisórias para beneficiar montadoras com incentivos fiscais.
Fonte: iG
O ex-senador é conhecido pela interlocução não só no Palácio do Planalto, mas também pelo acesso a muitas lideranças partidárias.
Entre os parceiros de Gim Argello está Renan Calheiros, que até agora tem feito o possível para barrar o avanço do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
A rede de relacionamentos liga Argello, Calheiros, Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva.
Além dos amigos Dilma e Lula, Renan e Argello têm outra coisa em comum: as encrencas com a Justiça. O cacique do PMDB, que já apareceu nas investigações da Lava Jato, responde a quase uma dezena de ações no Supremo Tribunal Federal. Entre as acusações estão a de lavagem de dinheiro e peculato. Por isso o presidente do Senado sabe que defender a permanência de Dilma é importante para a sua sobrevivência.
Muito próximo a Dilma (e graças a uma indicação do amigo Renan), Argello quase abocanhou um posto de ministro no Tribunal de Contas da União (TCU). Agora preso, o pupilo do presidente do Senado terá dificuldades. Segundo o procurador da República Athayde Ribeiro Costa, da força-tarefa da 28ª etapa da Lava Jato, o ex-senador adotou a "corrupção ao quadrado" – estratégia de crime que consistiu na prática de corrupção para encobrir outra corrupção. Acusado de tentar atrapalhar as investigações, foi levado para a carceragem da PF em Curitiba.
Quando era vice-presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras no Congresso, Argello exigiu propinas para livrar as empreiteiras OAS e UTC Engenharia das investigações. As duas empresas formam o cartel instalado na Petrobras entre 2004 e 2014 para fraudar licitações bilionárias.
"Estamos diante de um caso de corrupção ao quadrado, corrupção qualificada. O caso revela grave atentado à República. O ex-senador obstruía as investigações das CPIs", disse o procurador.
A parceria entre Argello e Renan é antiga. Argello era suplente e assumiu em 2007 a vaga deixada pelo ex-governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz, que renunciou após acusação de participação em desvios em um banco de Brasília.Sua trajetória sempre foi ligada ao governo federal e a Renan.
Protestos da oposição e de funcionários do TCU forçaram Argello a desistir da indicação em abril de 2014. Além de ter se complicado na Lava Jato, o ex-senador é investigado em outra operação da PF, a Zelotes, que apura a suposta compra de medidas provisórias para beneficiar montadoras com incentivos fiscais.
Fonte: iG
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