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Lula participa de manifestação em defesa da presidente Dilma na Praça do Ferreira neste sábado

O ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva estará em Fortaleza no próximo sábado (2) em um grande ato pela democracia na Praça do Ferreira, a partir das 9h. Além de Lula, os governadores do Piauí, Wellington Dias, do Rio Grande do Norte, Robison Faria, da Paraíba, Ricardo Coutinho, e do Ceará, Camilo Santana devem engrossar o coro contra o golpe que busca retirar a presidente Dilma do seu cargo, sem que não haja contra ela qualquer acusação de crime.
A assessoria de Camilo não confirmou a presença do governador, a agenda do petista para sábado ainda não está  fechada.
Lula inicia por Fortaleza uma série de viagens por várias cidades brasileiras com o objetivo de angariar apoio contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT).
“O ato na Praça do Ferreira será histórico, pois reunirá todos aqueles que defendem a democracia e os votos de 54 milhões de brasileiros que elegeram a presidente Dilma para quatro anos de mandato”, comentou o líder do Governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães.
Outros atos
Além do ato na Praça do Ferreira, a população contra o golpe volta a se reunir nesta quinta-feira (31 de março), em novo ato em defesa da democracia e contra o golpe que está em curso no Brasil. Parte da Jornada Nacional pela Democracia, o ato em Fortaleza será realizado a partir das 15 horas, na Praça Clóvis Beviláqua (a Praça da Bandeira), no Centro.
Organizada pela Frente Brasil Popular (FBP), as atividades ocorrerão simultaneamente nas principais capitais brasileiras. A FBP reúne entidades dos movimentos sociais e sindical, coletivos e partidos políticos. O grupo reforça que o atual momento político exige unidade e mobilização para barrar a ofensiva da direita golpista, que tem ao seu lado a mídia tradicional.
Impeachment ou Golpe?
O impeachment é um mecanismo previsto na nossa Constituição. O chefe do Poder Executivo, no entanto, só pode sofrer tal sanção após comprovação de crime de responsabilidade.
A presidenta Dilma, no entanto, não é acusada de nenhum crime. O processo de impeachment em andamento acusa a gestão da Presidência da República de uso de “pedaladas fiscais”. O termo refere-se a atrasos no repasse do Tesouro a bancos públicos encarregados da operação financeira de alguns programas sociais. Pode-se argumentar que é uma maneira de cumprir artificialmente o orçamento, mas não é crime de responsabilidade.
Sendo assim, o processo em andamento configura-se em um golpe contra a democracia. Seus articuladores, em sua grande maioria, são investigados e réus em processos. Na comissão do impeachment, são 34 investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Caso aprovada, a votação irá para a Câmara dos Deputados, onde 271 deputados enfrentam acusações que vão da fraude ao homicídio. Contra Dilma, não há absolutamente nada!
Além disso, os integrantes dos movimentos contra o golpe alertam que a insatisfação com o governo ou com a própria presidenta não é motivo legal para o impeachment. A legalidade do seu mandato é baseada na nossa própria constituição – um mandato que foi legitimamente conquistado nas eleições de 2014, com mais de 54 milhões de votos. Não ganhando nas urnas, a oposição quer chegar ao poder pela via ilegal. Pelo golpe.

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