O governo se prepara para enfrentar uma semana decisiva, quando deputados definirão se acatam ou não o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff por suposta manipulação das contas públicas. Com popularidade em baixa, o Palácio do Planalto tem ampliado os esforços para arregimentar apoio em busca de barrar o processo.
Após discutirem de sexta-feira até a madrugada de sábado (9) o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), que se posiciona favoravelmente à abertura do processo de impedimento, os deputados que compõem a comissão especial retomam os trabalhos hoje, às 10h, com a palavra dos líderes dos partidos. Após o debate, os 65 parlamentares partem para a votação do parecer do relator, prevista para começar por volta das 17h.
Independentemente da decisão da comissão, ela será submetida à votação do plenário da Câmara, após debates que devem começar na sexta-feira e terminar no domingo.
Se os deputados aprovarem uma eventual moção de destituição por uma maioria de dois terços (342 de um total de 513), o procedimento seguirá para o Senado. Caso este último voto afirmativamente, Dilma será, então, afastada de seu cargo por um máximo de 180 dias, à espera de que o próprio Senado emita seu veredicto definitivo.
Até o momento, nenhum dos dois grupos tem a garantia de alcançar um número de votos suficiente, já que 120 deputados ainda se mostram indecisos, ou não revelam suas intenções.
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