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Diretores do HGF e Hospital do Coração entregam cargos reclamando de centralização da Sesa

“Sete diretores dos Hospitais de Messejana (do Coração) e Geral de Fortaleza (HGF) entregaram os respectivos cargos ontem. O motivo da saída dos postos diretivos, segundo os gestores que saíram, foi a maior centralização na administração das unidades por parte da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa). Deixaram os cargos diretores gerais, técnicos e administrativo-financeiro dos dois hospitais, além do diretor médico do HGF.
“Existe um desalinhamento entre o que a Sesa está planejando e fazendo com os hospitais. A falta de diálogo está se tornando mais intensa. Existe uma quebra de confiança que não dá mais pra continuar”, argumenta Romero Esmeraldo, diretor geral do HGF.
Os diretores que entregaram os cargos argumentam ainda que eles perderam a autonomia administrativa das decisões na gestão dos hospitais. “A administração está sendo levada toda para a Sesa. Não temos autoridade sobre os gastos no hospital. Quem decide tudo é a Sesa”, desabafa Romero.
“A gestão financeira está centralizada na Sesa, mas continuo com minha responsabilidade por estar assinando. É o meu nome como diretora que está lá. Estou na ponta do processo e preciso dar uma satisfação aos meus colegas”, complementa Filadélfia Passos, diretora do Hospital de Messejana.
Em nota, a Sesa afirma que os hospitais da rede passaram a se dedicar à gestão da assistência. “A parte administrativa deixou de ser feita pelos hospitais e passou a ser centralizada na Superintendência de Apoio à Rede de Unidades (SRU) unicamente com o objetivo de priorizar e qualificar o atendimento aos pacientes”, diz a nota. Sobre a saída dos sete diretores dos Hospitais de Messejana e HGF, a Sesa se limitou a dizer que “entende que em todo processo de inovações há adaptações ou inconformidades”.
Segundo Filadélfia, o Hospital de Messejana está sem diretor médico há quase um ano. Ela acrescenta que os diretores ainda ficam nos cargos por 30 dias, prazo em que a Sesa deve indicar novos nomes para assumir os postos de direção do HGF e do Hospital de Messejana.
Falta de material
Outra questão apontada pelos diretores que entregaram os cargos é a precarização no abastecimento das unidades. Romero Esmeraldo afirma que a situação até chegou a melhorar em janeiro deste ano, mas que, no momento, o abastecimento nos hospitais está “crucial”.
“A situação está muito precária. Estamos precisando de remédios, insumos. A burocracia aumentou com essa centralização. Um pedido passa por fulano, sicrano até se concretizar”, detalha Filadélfia.
Após ter conversado com gestores de outras unidades da rede estadual, Romero Esmeraldo garante que a insatisfação com a gestão da Saúde é geral. No entanto, ele diz que esses outros gestores ainda não se posicionaram se vão entregar os cargos ou não.”
(O POVO)

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