não mexer

header ads

Assentamento 10 de Abril celebra 25 anos de luta em Crato

Programação encerra neste domingo. (Foto: Divulgação)
O primeiro assentamento de reforma agrária do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) criado no Cariri celebra neste domingo (10) vinte e cinco anos. O Assentamento 10 de Abril, distante 25 quilômetros de Crato, surgiu após 54 anos do massacre do Caldeirão (1926/1936) através da luta de trabalhadores rurais de seis municípios da região pelo acesso a terra. A ocupação das terras do caldeirão se deu em 1991, de onde foram transferidos, após intensas pelejas para a Fazenda Gerais, hoje Dez de Abril.

A trabalhadora rural, Maria Ana da Silva, de 62 anos, relembra as batalhas travadas contra proprietários de terras e governos na época, afirmando que para obter êxito, foi necessário muito sofrimento, “A luta era tão grande que nós fomos até Madalena de caminhão, e de lá fomos de pé pra Fortaleza, levemos de oito a dez dias. Sofri muito, mais valeu a pena, valeu porque se eu não tivesse sofrido eu não dava valor a tudo que eu adquiri nesses vinte e cinco anos aqui, tudo eu dou valor, porque eu sofri pra adquirir”. Conta

Na comunidade residem quarenta e oito famílias, cerca de 170 habitantes; apesar de conquistas como o acesso a terra, moradia e iluminação, os moradores reivindicam água encanada em suas residências, fato não concretizado até o momento.

A programação de aniversário contou com debates, performances e campeonato de futebol e a participação de membros da direção estadual do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST).

Segundo o representante do MST no Cariri, Adailton Silva, são vinte e cinco anos de luta, que serve de exemplo para o cariri. “O dez de abril é uma das principais referências de uma experiência de MST que deu certo, então a gente consegue justificar que é necessário fazer a luta pela terra, é referência também a nível de estado. Ele e o vinte e cinco de maio (Madalena-CE) são os mais velhos assentamentos no Ceará. O dez de Abril é fruto daquilo que o Caldeirão criou, hoje as famílias têm teto e tem onde produzir. ” Explicou.
Programação encerra neste domingo. (Foto: Divulgação)

Integrante da Comissão Pastoral da Terra (CPT), ligada à Igreja Católica, padre Vileci Vidal, relaciona a experiência do caldeirão do beato José Lourenço com a o Dez de Abril; segundo ele, a (CPT) ao discutir com trabalhadores rurais a questão da luta pela terra, há uma reafirmação de reconstrução do campesinato. “Uma clareza existe aqui nessa comunidade, aqui é a continuação do caldeirão, e já se fala a discussão sobre aqueles que são as raízes desse caldeirão, aqueles que ocuparam o caldeirão e aqueles que são os frutos do caldeirão que vem pelo trabalho da juventude de dá continuidade a essa experiência de campesinato”, analisa.

A programação dos vinte e cinco anos de luta do Assentamento Dez de Abril, encerra neste domingo (10), com celebração de missa as 9h, seguido de bolo de aniversário e salva de fogos ao meio dia.
Miséria.

Postar um comentário

0 Comentários