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Uso da pílula do câncer é aprovado no Senado mesmo sem registro da Anvisa

Mesmo sem o registro e regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o uso da fosfoetanolamina – pílula do câncer foi aprovado pelo Senado Federal. O projeto de lei que garante aos pacientes de câncer o direito de usar o medicamento foi aprovado nesta terça-feira, 22 de março,

A substância está em fase de pesquisas e testes pelo Instituto de Química de São Carlos, da Universidade de São Paulo (USP). Por isso, ainda não recebeu o registro da agência. A pílula atua no organismo auxiliando no combate às células cancerosas. No entanto, embora o medicamento tenha sido distribuído gratuitamente aos pacientes durante anos, uma portaria da USP determinou que substâncias em fase experimental deveriam ter todos os registros antes de ser distribuídas à população.

A suspensão da distribuição da fosfoetanolamina provocou uma "guerra" de liminares na Justiça por parte dos pacientes que dizem se beneficiar do uso da pílula do câncer. O projeto busca solucionar o problema, liberando o uso da substância mesmo sem o registro da Anvisa.

Regulamentação

Para isso, os pacientes deverão apresentar laudo médico comprovando o diagnóstico de câncer e assinar um termo de responsabilidade pelo uso do remédio experimental. Mas, para produzir, prescrever, importar e distribuir a substância, os agentes deverão ser regularmente autorizados e licenciados pela autoridade sanitária competente.

O texto é originário da Câmara dos Deputados e não recebeu alterações no Senado. Antes de sua votação no Senado foi aprovado um requerimento de urgência e um acordo de líderes permitiu a quebra dos interstícios regimentais para a aprovação em plenário ainda hoje. O texto segue agora para sanção presidencial.

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