Trabalhador com mais estudo perdeu mais renda em 2015 no Brasil (Foto: Gabriel Jabur/ Agência Brasil) |
Os trabalhadores com ensino médio completo ou escolaridade superior
tiveram em 2015 perda salarial proporcionalmente maior do que as pessoas com
menos anos de estudo, nas seis maiores regiões metropolitanas.
Com a oferta de emprego mais restrita na crise, os profissionais com mais instrução aceitaram salários mais baixos e funções de menor qualificação para conseguir novo trabalho, dizem economistas.
Segundo dados da pesquisa de emprego do IBGE, o rendimento real (que desconta a inflação) dos ocupados com 11 ou mais anos de estudos recuou de R$ 2.884 em 2014 para R$ 2.747 no ano passado, queda de 4,8%.
Essa perda superou -em termos absolutos e proporcionais- a dos ocupados sem instrução ou menos de oito anos de estudos, que foi de 2,8%, para R$ 1.252. E também foi maior que a dos trabalhadores com oito a dez anos de estudo -baixa de 3,2%, para R$ 1.371.
Segundo Thiago Xavier, economista da Tendências, o fato de a crise ser prolongada -pode ser uma das mais longas e intensas recessões já documentadas no país- estaria gerando uma subalocação da força de trabalho.
"Os trabalhadores desempregados têm cada vez menos opções de vagas à medida que a crise se prolonga. Eles então acabam aceitando postos com salários menores e em áreas diferentes."
Os profissionais estão aceitando receber menos para ocupar até as mesmas funções, mostra levantamento da agência Page Personnel com 10 mil candidatos (a maioria de ensino superior).
A expectativa de salário caiu 43%, na média. Um engenheiro de projetos em construção civil esperava ganhar de R$ 8.000 a R$ 12 mil mensais no início do ano passado. Ele agora aceita de R$ 6.000 a R$ 8.000 para desempenhar o mesmo trabalho.
Isso também aconteceu em outras funções e carreiras, como gerente de marketing, coordenador de TI e analista de comércio exterior, de acordo com a pesquisa da agência de recrutamento.
"Há mais profissionais qualificados disputando a mesma vaga, então o salário cai. Para a empresa, é bom neste momento pagar menos, porque ela precisa cortar salários", disse Lucas Oggiam, gerente da Page Personnel.
Fonte: Folha de S.Paulo.
Com a oferta de emprego mais restrita na crise, os profissionais com mais instrução aceitaram salários mais baixos e funções de menor qualificação para conseguir novo trabalho, dizem economistas.
Segundo dados da pesquisa de emprego do IBGE, o rendimento real (que desconta a inflação) dos ocupados com 11 ou mais anos de estudos recuou de R$ 2.884 em 2014 para R$ 2.747 no ano passado, queda de 4,8%.
Essa perda superou -em termos absolutos e proporcionais- a dos ocupados sem instrução ou menos de oito anos de estudos, que foi de 2,8%, para R$ 1.252. E também foi maior que a dos trabalhadores com oito a dez anos de estudo -baixa de 3,2%, para R$ 1.371.
Segundo Thiago Xavier, economista da Tendências, o fato de a crise ser prolongada -pode ser uma das mais longas e intensas recessões já documentadas no país- estaria gerando uma subalocação da força de trabalho.
"Os trabalhadores desempregados têm cada vez menos opções de vagas à medida que a crise se prolonga. Eles então acabam aceitando postos com salários menores e em áreas diferentes."
Os profissionais estão aceitando receber menos para ocupar até as mesmas funções, mostra levantamento da agência Page Personnel com 10 mil candidatos (a maioria de ensino superior).
A expectativa de salário caiu 43%, na média. Um engenheiro de projetos em construção civil esperava ganhar de R$ 8.000 a R$ 12 mil mensais no início do ano passado. Ele agora aceita de R$ 6.000 a R$ 8.000 para desempenhar o mesmo trabalho.
Isso também aconteceu em outras funções e carreiras, como gerente de marketing, coordenador de TI e analista de comércio exterior, de acordo com a pesquisa da agência de recrutamento.
"Há mais profissionais qualificados disputando a mesma vaga, então o salário cai. Para a empresa, é bom neste momento pagar menos, porque ela precisa cortar salários", disse Lucas Oggiam, gerente da Page Personnel.
Fonte: Folha de S.Paulo.
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