O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pode renunciar ao comando da Casa se a presidente Dilma Rousseff sofrer o processo de impeachment e o vice-presidente Michel Temer vier a assumir o Palácio do Planalto, de acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na edição desta terça-feira (29) da Folha de S.Paulo.
A estratégia vem sendo traçada na cúpula do PMDB e tem por objetivo livrar Eduardo Cunha da cassação no Conselho de Ética da Câmara, onde enfrenta processo por quebra de decoro parlamentar. Cunha renunciaria à presidência da Câmara dos Deputados sob o argumento de que o novo governo precisaria articular nova maioria no parlamento. Seria suspenso pelo Conselho de Ética, mas manteria o cargo, garantindo o foro privilegiado no julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF), onde é réu por corrupção, lavagem de dinheiro e ocultação de contas no exterior.
Mas o plano do PMDB só será possível se o Supremo não atender ao pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que defende que Cunha seja afastado do cargo para não atrapalhar as investigações da Java Jato contra ele.
Fonte: Jornal do Brasil
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