A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) voltou a cobrar do poder judiciário uma decisão sobre o pedido para abertura econômica do setor no Ceará. A Abrasel havia feito na Justiça um pedido de liminar para que o Governo do Estado e a Prefeitura de Fortaleza apresentem um plano de retomada abrangendo o setor de entretenimento, com detalhamento de datas e condições de reabertura fundamentados.
Bares ficam de fora da reabertura da economia no estado (Saulo Luiz/TV Globo).Sem retorno da Justiça 15 dias após o pedido,
foi solicitado, no dia 11 deste mês, um agendamento de atendimento por
videoconferência com o desembargador relator, para obter informações do mandado
de segurança apresentado, mas não houve resposta.
De acordo com o presidente da Abrasel, Rodolphe
Trindade, a conclusão da entidade é de que há uma discriminação contra o setor,
que está há seis meses sem permissão para trabalhar, o que compromete a geração
de emprego e renda para diversas famílias.
“A única resposta que temos recebido da
Prefeitura de Fortaleza, do Governo do Estado, e agora também da Justiça, é o
silêncio”, lamenta.
Plano
de retomada econômica
Em nota, a Abrasel informou que em 28 de maio, o
Governo do Estado do Ceará divulgou o plano de retomada econômica, inserindo o
setor de entretenimento na Fase 4, com previsão de retorno em 20 de julho, o
que não aconteceu, apesar de todos os critérios de transição previstos terem
sido alcançados, como redução na taxa de ocupação de leitos e na taxa de
internações por Covid-19.
“Os informes oficiais da Secretaria de Saúde
mostram, felizmente, uma redução drástica dos critérios de transição na cidade
de Fortaleza, com o menor patamar histórico desde o início da pandemia. Apesar
disso, entendemos que de forma arbitrária, o governo estadual e municipal tem
liberado cinemas e mantido a proibição de transmissão de jogos em bares e
restaurantes”, destaca Rodolphe Trindade.
“Portanto, qual o Plano de Retomada para o setor
de entretenimento? Quais as datas, critérios e indicadores necessários para o
avanço no retorno das atividades?”, questiona o presidente.
‘Falta
de isonomia’
Rodolphe Trindade afirma que a falta de diálogo
é constante em todas as esferas, incluindo o próprio grupo estratégico para a
retomada, criado pelo Governo do Estado, que teoricamente precisaria se reunir
para discutir medidas, protocolos e fases de retomada.
Há meses, as reuniões não acontecem, e as
sugestões enviadas no grupo de WhatsApp não são respondidas. Nesta semana, o
presidente da Abrasel questionou a falta de isonomia no que se refere ao setor
de eventos. Até a publicação desta matéria, o Governo do Estado não havia se
manifestado sobre o assunto.
Fonte: G1 CE.
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