O Ministério da Saúde vai
ampliar e simplificar o diagnóstico e tratamento de hepatite B no Sistema Único
de Saúde (SUS). De acordo com a pasta, a expectativa é “mais do que dobrar” o
número de pessoas em tratamento, a partir da adoção de novas diretrizes.
“Atualmente,
41 mil pessoas têm acesso aos medicamentos, e esse número pode chegar a 100
mil”, informou nesta quarta-feira (19) a pasta da Saúde, referindo-se às
mudanças que terão por base “evidências científicas mais atuais”.
Estão
também previstas ações preventivas como vacinações contra hepatites A e B e a
expansão do acesso a diagnóstico e tratamento contra os tipos B e C. Se tudo
der certo, o governo pretende eliminar a ocorrência dessas doenças até o ano de
2030.
“Nos
últimos anos, houve diminuição na prevenção, com redução de entrega de
seringas, que são fundamentais nesse processo”, disse a secretária de
Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, ao anunciar a retomada das ações
preventivas e o compromisso do governo em eliminar 14 doenças determinadas
socialmente nos próximos sete anos – entre as quais, as hepatites virais.
Segundo
nota do ministério, no caso das hepatites B e C, a meta estabelecida pela
Organização Mundial da Saúde (OMS) é diagnosticar 90% das pessoas, tratar 80%
das que forem diagnosticadas e reduzir em 90% novas infecções e em 65% a
mortalidade.
De
acordo com a pasta, estima-se que 520 mil pessoas tenham hepatite C no Brasil,
mas ainda sem diagnóstico e tratamento.
Ainda
segundo o ministério, até 2022, cerca de 150 mil pessoas tinham sido
diagnosticadas, tratadas e curadas da hepatite C. No caso da hepatite B,
estima-se que quase 1 milhão de pessoas vivam com a doença no país. Destas, 700
mil ainda não foram diagnosticadas.
“Até
2022, 264 mil pacientes tinham sido diagnosticados com a doença e 41 mil estão
em tratamento”, concluiu a pasta da Saúde.
0 Comentários