Após uma série de polêmicas que duraram 5 meses, o curto período de tempo em que o presidente interino do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), o Governo Federal tomou medidas necessárias para a saída de Glauco André Wanburg do cargo.
Farra das passagens e pressão do PT, por exemplo, podem ter sido uma das causas da substituição de Glauco André Wanburg.
Glauco André Wanburg ficou no cargo por apenas 5 meses | (Reprodução)
A decisão de
exonerar o presidente do INSS foi tomada visando estabelecer uma liderança
permanente no órgão, e o escolhido para assumir a presidência de forma
definitiva foi Alessandro Stefanutto, atual diretor de Orçamento, Finanças e
Logística da autarquia.
De acordo com
fontes do Ministério da Previdência e do INSS, três fatores foram determinantes
para a saída de Glauco Wamburg: o aumento da fila de benefícios, suspeitas de
mau uso de passagens e diárias, além da pressão interna de grupos ligados ao PT
que questionavam sua escolha desde o início do ano.
Glauco chegou
ao comando do INSS por indicação política do deputado federal Hugo Leal, do PSD
do Rio de Janeiro. A nomeação foi uma forma de agradar a bancada do PSD na
Câmara, que não havia recebido ministérios de peso. No entanto, sua escolha foi
mal recebida por servidores do INSS, que contestaram a falta de critérios
técnicos na indicação. Além disso, Glauco havia sido presidente da fundação
Leão XII no Rio de Janeiro durante um escândalo de funcionários fantasmas.
Alessandro
Stefanutto, o novo presidente do INSS, já é conhecido dentro da autarquia, pois
ocupava o cargo de diretor de Orçamento, Finanças e Logística. Sua nomeação foi
publicada no Diário Oficial e ele já está atuando como presidente do órgão.
Stefanutto se reuniu recentemente com o deputado federal Guilherme Boulos e
lançou um portal da transparência para acompanhar em tempo real a fila de
espera por benefícios.
Entre os
desafios enfrentados pelo novo presidente estão a redução da fila de
benefícios, que aumentou 8,5% desde o início do ano, e a relação com os peritos
médicos, que demandam mudanças na Subsecretaria de Perícias Médicas da
Previdência Social. O INSS também enfrenta a falta de estrutura e a redução do
quadro de servidores.
O governo
está preparando uma Medida Provisória para remunerar os peritos médicos por
hora extra. A categoria tem atendido apenas pedidos de perícia para
auxílio-doença do Benefício de Prestação Continuada (BPC) em uma espécie de
operação padrão. A Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANMP) afirma que as
condições médicas dos peritos em grande parte do país são precárias.
Apesar dos
desafios, o novo presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, busca implementar
estratégias para acelerar as análises e reduzir as filas de benefícios. A falta
de servidores e as adequações no modelo de atendimento são questões que estão
sendo abordadas pela administração.
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