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Nova Olinda : Com mais de 180 anos Velho casarão da Familia Nuvens Alencar, continua sendo preservado no sítio Angico.

A casa mais antiga deste município se localiza no Sítio Angico, distante 6 quilômetros da sede. Hoje, a velha morada que  pertenceu a Francisca Nuvens Alencar, conhecida na localidade como dona Lobélia.  E que era casada com Raimundo Aquino de Alencar, ambos já falecidos.  o velho casarão, hoje tem mais   de 180  anos de existência, e se mantém conservado e com a toda a sua origem preservada.  

Foto :  João Paulo Maropo 


A casa foi construída na época pelo antigo proprietário do Sítio Angico, Manoel Tomás de Aquino. A ligação familiar vem de longe. Ele era o avô de Raimundo Aquino.  Da união com Lobélia, em janeiro de 1937, realizada na vizinha cidade de Santana do Cariri, nasceram 16 filhos, 20 netos e 5 bisnetos.

Até 1962, o piso do casarão era de pedra e somente depois deste período foi revestido para tijolo. A família ainda conserva o pilão de pilar para socar o arroz. Após passar a semana na roça, nos fins de semana os filhos se reuniam e iam pilar arroz para se alimentarem durante a semana.

Histórias

Dona Lobélia tem muitas histórias para contar, mesmo nos rincões de Nova Olinda e que hoje passa a ser referência histórica no contexto regional, a exemplo do que aconteceu na guerra de 1914. Os proprietários da casa, neste período, foram expulsos de lá pelos capangas de Floro Bartolomeu e tiveram que se refugiar.

A marca da luta travada pelo bando com as tropas do governo ficou nas portas. Os furos de balas  em algumas paredes da casa, mediante o conflito. A família teve que se refugiar no Sítio Silêncio, em Potengi, para não morrer. Voltaram para o casarão algum tempo depois dos conflitos da guerra.

A casa tem outro marco histórico. O local serviu de sede inicial para o Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Os primeiros agricultores e filhos de lavradores alfabetizados de Nova Olinda passaram pela sala do velho casarão. O professor foi Joaquim Henrile de Alencar. 

Agricultura

A agricultura foi  a principal fonte de sobrevivência do grupo. A família Nuvens Alencar se destacou no município como os primeiros agricultores a plantarem 25 hectares de arroz e colherem no cacho, além de haver tido o seu filho, Joaquim Henrile de Alencar, como o maior produtor de milho do município de Nova Olinda, no ano de 1989.

Ele recebeu, pelo mérito, uma medalha do então governador do Ceará, Gonzaga Mota. Além disso, a família Nuvens Alencar foi a pioneira na realização do primeiro festival do Milho na região do Cariri. 

Os participantes tiveram a oportunidade  degustarem produtos derivados à base de milho. Este evento ocorreu na época do paio do velho casarão do Sítio Angico.

O jornalista Amaury Alencar, neto do casal in ( memorian), relembra que a festa do milho chegou na época a levar várias pessoas e produtores de toda a região do Cariri, para participarem e compartilhar daqueles momentos, onde se reuniam poetas, repentistas, professores, estudantes, e toda a comunidade a fim de participar durante o dia inteiro  degustando os produtos originários do milho, que eram feitos por agricultoras que passavam um bom tempo preparando a cangica, pamonha, pipoca, e assando o milho verde.

A Festa foi idealizada por um dos filhos do casal, hoje (In memórian), Francisco Jacksom Nuvens de Alencar, que saiu da roça e com muita dificuldade,  conseguiu chegar até a universidade onde formou -se em direito, além de outros cursos universitários. 

 Jacksom Nuvens, era também servidor publico federal onde atuou na preservação do meio ambiente fazendo um grande trabalho no IBAMA, chegando a ser chefe da estação ecológica de Aiuaba, passando também a integrar os quadros do ICMBIO.  

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