Faltando uma semana para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da silva (PT) tomar posse, no próximo dia 1 de janeiro, o, ainda vice-presidente da República general Hamilton Mourão, disse que não pretende passar a faixa para Lula na solenidade de posse, caso Jair Bolsonaro (PL) continue a se negar a cumprir o protocolo cerimonial.
Em entrevista ao Metrópoles o atual vice-presidente e senador eleito falou sobre as Eleições 2022.
Mourão defende que não houve fraude, mas teve "voto de cabresto" nas eleições 2022 | ( Marcelo Camargo/ Agência Brasil) |
A fala de Mourão foi dada durante entrevista ao Portal
Metrópoles. Senador eleito pelo Rio Grande do Sul, e já diplomado, ele pretende
ter uma atuação diferente na política a partir do novo cargo.
De certa forma, a eleição de Mourão entra para o rol de apoiadores
e aliados de Bolsonaro que conseguiram se manter ou ingressar no Congresso
Nacional. Entre os assuntos que ele respondeu foi sobre o comportamento de
Bolsonaro ao questionar o processo eleitoral e a segurança da urnas eletrônicas.
“Não posso dizer que tenha havido fraude nas urnas, porque não apareceu
nenhuma prova concreta sobre essa questão. O que eu julgo que aconteceu, como
acontece ao longo da história do Brasil desde que nós instituímos o voto
popular, é o voto de cabresto. O voto de cabresto ocorreu tremendamente no
interior, em terra indígena, em áreas quilombolas, então, esse voto de cabresto
houve”, disse.
“Quando se verifica aquelas análises que foram
apresentadas das urnas em determinados lugares, nas quais teve zero voto para
Bolsonaro e vários votos para o Lula, é típica questão de voto de cabresto.
Para mim, aquilo não é alteração do processo da urna, mas é aquela história,
juntou todos os eleitores, grupo pequeno de 200 ou 300 eleitores foi lá e
votou, e isso, numa eleição apertada, como essa que ocorreu, ele [Lula] teve
uma composição muito grande”, prosseguiu Mourão.
Outro tema abordado foi a cerimônia de posse de Lula, que não
contará com Jair Bolsonaro passando a faixa. Automaticamente muitos brasileiros
sinalizaram a possibilidade de, então Mourão passar a faixa no lugar de
Bolsonaro, mas ele destacou que também não fará.
“Eu considero isso [o passamento da faixa presidencial] um dever e uma
responsabilidade do presidente que sai. É um ato simbólico da troca de comando.
O presidente da República já sinalizou que não deve participar dessa cerimônia.
Ao tomar essa decisão, não compete a mim participar, porque não sou o
presidente”, encerrou.
Autor: Com informações de Metrópoles
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