Com o intuito de dar sequência a um trabalho contínuo de apoio a iniciativas de responsabilidade social no Ceará, a Agência de Desenvolvimento do Estado (Adece) deu mais um passo para estimular empresas beneficiadas com incentivos fiscais a aportarem recursos em projetos sociais por meio do imposto de renda. Na tarde desta terça-feira (27), a Agência realizou uma doação simbólica de R$ 5 mil para a instituição Casa de Vovó Dedé.
A cerimônia aconteceu no
Sistema Sedet e foi conduzida pelo secretário do Desenvolvimento Econômico do
Estado do Ceará (Sedet), Maia Junior, pelo presidente da Adece, Francisco
Rabelo, e contou com a presença do diretor da Casa de Vovó Dedé, Wagner
Barbosa, além de secretários executivos da Sedet e diretores da Adece.
O secretário Maia Júnior
salientou o potencial que a Adece tem de fazer um trabalho de inclusão social
por meio de políticas que ela mesma administra, tendo em vista que a Agência
operacionaliza o Fundo de Desenvolvimento Industrial (FDI), cujo princípio
básico é a concessão de benefícios fiscais para fomentar a instalação de
empreendimentos e gerar emprego.
“Esse é apenas um
início. É uma das iniciativa dentre outras de cunho social. Nos últimos três
anos avançamos de R$ 12 milhões para cerca de R$ 41 milhões aplicados em vários
programas sociais. Esse é um start que precisa do compromisso da Adece e das
empresas incentivadas com recursos públicos para enxergar oportunidades e
papéis importantes do terceiro setor. A ajuda vai permitir a sustentabilidade
de projetos que estão em andamento, mas têm dificuldade de captar recursos para
manter a garotada pobre recebendo oferta de primeira linha. É multiplicar isso
através de recursos que, muitas vezes, estão parados. O grande desafio é
acordar as empresas para terem um pouco mais de solidariedade e sensibilidade”,
explicou.
Conforme o presidente da
Adece, a Agência quer servir de exemplo para que as empresas incentivadas se
sintam estimuladas a apoiarem projetos de cunho social. “Um Estado como o
nosso, que ainda possui muitas carências, precisa de políticas com um olhar
mais social. A Casa de Vovó Dedé é apenas um exemplo de projetos que chegam a
lugares que muitas vezes o poder público não consegue chegar e que impactam
positivamente a vida de inúmeras pessoas em situação de vulnerabilidade. Com
essa iniciativa, esperamos incentivar tanto as empresas a poiarem projetos,
quanto o desenvolvimento de novas iniciativas de impacto social em nosso
Estado. Tenho certeza que essa é uma ação que deve desencadear outras
iniciativas do tipo no Ceará”, explicou.
O diretor da Casa de Vovó Dedé destaca que a Adece congrega sob as suas asas a massa da indústria e do setor produtivo do Estado e ressalta que é um momento de muita importância tanto para o setor público quanto para o terceiro setor. “São empresas que se beneficiam dos benefícios fiscais que o Ceará implementa e que, por força de lei Estadual, essas empresas têm a obrigação de apoiar entidades como a Casa de Vovó Dedé. Essa é uma forma de retribuir o que elas recebem de incentivo do Estado para a sociedade. Entendo que entidades do terceiro setor, como a Casa de Vovó Dedé, são instrumentos valiosos para levar esses recursos de forma mais rápida às comunidades, atendendo as pessoas que mais precisam. Esse momento está muito além de ser um momento simbólico, eu acho que convencer as pessaos a se engajarem e fazerem algo pelo próximo, é a melhor maneira de tornarmos o mundo algo melhor”, comemorou.
Transformação de impostos em ações sociais
As empresas beneficiadas
pelo FDI são obrigadas a cumprir com algumas normas estabelecidas pelo Decreto
Estadual de Nº 34.508/22. O Artigo 63 do Decreto estabelece que, quando da
apuração do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) resultar em recolhimento no
período apurado, devem aplicar percentuais do Imposto de Renda Pessoa Jurídica
(IRPJ) em projetos culturais, esportivos e sociais dentro do território
cearense.
Ainda nesta terça-feira
(27), a Adece lançou um manual para facilitar o entendimento das empresas sobre
a destinação dos incentivos fiscais, transformando os impostos em ações
sociais. A cartilha pode ser acessada no site da Adece, por meio do link
l1nq.com/q9H0o
Na última sexta-feira
(23), foi publicado pela Agência um chamamento para seleção de projetos e
programas de instituições interessadas em acessar recursos disponibilizados
pela Agência para projetos sociais, culturais, ambientais e esportivos nos anos
de 2022 e 2023. Ao todo, a Adece vai distribuir proporcionalmente R$ 400 mil
entre os projetos selecionados.
As empresas beneficiadas
pelo Fundo passaram a ter obrigação em aportarem recursos recolhidos pelo
Imposto de Renda em projetos sociais, culturais e esportivos no Ceará no início
deste ano, após a publicação do novo marco do FDI. As mudanças também
objetivaram a desburocratização de processos para a concessão de incentivos e
passou a valorizar mais ainda empresas alinhadas ao conceito ESG – sigla que se
refere às boas práticas ambientais, sociais e de governança organizacionais.
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