De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a cada 38 minutos um homem morre de câncer de próstata no Brasil. Somente em 2018, 15.576 pessoas morreram com a doença e a expectativa é que o número de novos casos diagnosticados triplique.
Quebrar tabus é fundamental para ajudar a reverter o atual cenário da doença, que provoca a morte de cerca de 15 mil homens por ano no Brasil.
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Campanha Novembro Azul visa conscientizar os homens sobre a importância do diagnóstico precoce | Reprodução: Internet |
Infelizmente, mesmo no ano 2022, o câncer de próstata e a realização do
exame são ainda tabus entre os homens. O câncer que acontece na próstata é o
segundo que mais acomete homens e alguns fatores de risco podem contribuir para
o desenvolvimento da doença, dentre eles:
• Histórico familiar: em que pai, irmão, tio que
foram acometidos podem indicar o risco pela hereditariedade;
• Idade elevada (acima de 50 anos);
• Excesso de gordura;
Um dos grandes impasses do câncer de próstata, é que semelhante a outras
doenças, ele não apresenta sintomas evidentes em estágio inicial. De toda
forma, podem ser sinais de câncer de próstata: dificuldade em urinar ou a
necessidade de urinar mais vezes, dor óssea, presença de sangue na urina e/ou
sêmen. Em estágio avançado, o câncer de próstata pode resultar, por exemplo, em
insuficiência renal.
Quando o diagnóstico do câncer de próstata é feito
na fase inicial, as chances de cura chegam a 90%. Mas se já estiver em um
estágio bem avançado, a porcentagem cai para 10%.
É muito raro a doença acometer pacientes mais
jovens, mas pode acontecer. A estimativa é de menos de 0,5% da população
masculina abaixo dos 40 anos.
A consultora e especialista em sexualidade, Roberta Pavon, conta que muitos homens apresentam uma certa resistência quando se trata de realizar o exame de próstata. Entre outros fatores, esse comportamento pode estar relacionado a aspectos sócio-culturais, como falta de conhecimento, medo e preconceito em relação ao exame de toque retal, como se fosse afetar a masculinidade.
Roberta Pavon é empresária no ramo de bem-estar sexual e consultora de sexualidade | Foto: arquivo pessoal.
“O exame de toque é indolor e absolutamente normal e não
afeta a sexualidade de ninguém. Contudo, se você se sentir muito constrangido,
vale a pena conversar com pessoas próximas que já fizeram esse procedimento
para se tranquilizar”, esclarece Roberta.
Quebrar tabus é fundamental para ajudar a reverter o atual
cenário da doença, que provoca a morte de cerca de 15 mil homens por ano no
Brasil. Muitas dessas vidas provavelmente teriam sido salvas com o diagnóstico
precoce, foco central da campanha do Novembro Azul, que visa conscientizar os
homens e estimulá-los a se cuidarem, pois o índice de câncer de próstata pode
ser curável quando descoberto nas fases iniciais.
Não há uma forma específica de prevenção do câncer de próstata. O
importante é adotar um estilo de vida saudável, o que contribui para prevenir o
surgimento de vários tipos de cânceres e outras doenças. Isso inclui:
• Alimentação saudável (rica em frutas,
verduras, legumes, grãos, cereais integrais e menor quantidade de gordura, principalmente
animal);
• Atividade física regular (fazer no mínimo
30 minutos diários);
• Manter o peso adequado para a altura;
• Identificar e tratar adequadamente
hipertensão, diabetes e problemas de colesterol;
• Não fumar e não ingerir álcool em excesso;
• Dormir bem;
• Cuidar da saúde mental;
• Fazer sexo seguro.
“Muitos homens ainda possuem preconceito com relação ao exame
de toque devido ao pensamento consciente coletivo. Precisamos quebrar esse tabu
e entender a importância do pré-diagnóstico, que pode salvar muitas vidas”,
finalizou.
Com informações da assessoria
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