Cerca de 107 mil trabalhadores que têm direito ao abono salarial do PIS 2022 ainda não sacaram o benefício de até R$ 1.212. Segundo a Caixa Econômica Federal, o valor “esquecido” soma R$ 81,8 milhões. Os beneficiários têm até o dia 29 de dezembro deste ano para solicitar o dinheiro.
Cerca de 107 mil trabalhadores têm direito ao benefício de até R$ 1,2 mil e podem solicitar o dinheiro até o dia 29 de dezembro. Saiba quem tem direito ao recurso e o que fazer para fazer o pedido pela internet.
O PIS é pago pela Caixa a trabalhadores contratados com carteira assinada | FOTO: DIVULGAÇÃO |
A consulta para saber se tem direito ao abono pode ser feita pelos
canais de atendimento do Ministério do Trabalho e Previdência, no telefone 158,
no aplicativo Carteira de Trabalho Digital e no portal gov.br.
A Central de Atendimento 158 ficou sobrecarregada
nesta segunda-feira (18), dia em que a Caixa pagou um lote complementar de
abonos do PIS para cerca de 1,1 milhão de trabalhadores. Em novo teste feito
pela reportagem nesta terça (18), foram 14 minutos de espera para ser atendido.
O governo informou que a procura por atendimento
aumentou e provocou congestionamento dos canais em determinados momentos do
dia. A recomendação do ministério é que o usuário tente fazer a chamada entre
os horários das 7h às 9h ou das 17h às 19h.
O PIS (Programa de Integração Social) é pago pela Caixa a trabalhadores
contratados por meio da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Ele é
diferente do Pasep (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público),
que é depositado pelo Banco do Brasil a profissionais do setor público.
O abono é liberado todo ano conforme calendário
aprovado pelo Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao
Trabalhador). Em 2022, os depósitos referentes ao ano-base de 2020 foram
liberados em fevereiro e março. No entanto, quem não conseguiu sacar tem até 29
de dezembro deste ano para ter o benefício. Todos os anos parte dos brasileiros
com direito ao abono não retiram os valores no calendário, por desconhecerem
que têm direito.
O lote liberado pela Caixa nesta segunda-feira tem
abonos do PIS que passaram por revisão, que foram pedidos na Justiça e os
valores que não foram sacados pelos trabalhadores em calendários já encerrados
(exercícios de 2016 a 2020).
PROPORCIONAL
O pagamento do abono salarial é proporcional ao número de meses
trabalhados no ano-base. O cálculo considera 1/12 do salário mínimo válido na
data do pagamento, multiplicado pelo número de meses trabalhados no ano
correspondente, com arredondamento para cima, segundo o Ministério do Trabalho
e Previdência. Se o beneficiário trabalhou o ano todo, recebe o valor cheio. Se
trabalhou um mês, receberá R$ 101. Frações de 15 dias, ou mais, são
consideradas como 30 dias.
COMO RECEBER
QUEM TEM DIREITO AO
ABONO SALARIAL
- Trabalhador cadastrado no PIS há pelo menos cinco
anos
- Com remuneração mensal média de até dois salários
mínimos durante o ano-base
- Quem exerceu atividade remunerada para PJ (Pessoa
Jurídica), durante pelo menos 30 dias consecutivos ou não, no ano-base
considerado para apuração
- Quem está com dados
informados pelo empregador corretamente na Rais (Relação Anual de Informações
Sociais/eSocial
SAIBA COMO RECEBER O
ABONO DO PIS DE 2022
A consulta ao benefício pode ser feita pelo
telefone 158, no aplicativo Carteira de Trabalho Digital e no portal gov.br. O
site dá acesso às mesmas informações sobre o abono que estão na Carteira de
Trabalho Digital.
O saque é feito na Caixa Econômica Federal. Para
quem é cliente, o depósito já foi feito diretamente na conta. Quem não tem
conta na Caixa recebe os valores na poupança social digital, movimentada pelo
aplicativo Caixa Tem.
No aplicativo, é possível
pagar boletos, fazer compras ou transferir o dinheiro para outra conta
bancária. O saque é permitido após gerar uma senha, e há a possibilidade de
realizar Pix.
Quem tem Cartão do Cidadão e senha pode sacar o
abono nos caixas eletrônicos, nas lotéricas e nos correspondentes Caixa Aqui.
O trabalhador também pode procurar uma agência da
Caixa para retirar os valores.
Autor: Felipe Nunes/Folhapress
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