ESG, do inglês Environmental, Social and Corporate Governance ou Governança Ambiental, Social e Corporativa e ODS, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ligado à Rede Brasil do Pacto Global da ONU, braço das Nações Unidas que reúne o setor corporativo, são algumas siglas presentes nas agendas globais ligadas à sustentabilidade. Termos como estes estão alinhados a processos de eliminação ou diminuição de emissão de gases lançados na atmosfera e acabam orientando novos hábitos e investimentos.
Para o Ministério do Meio Ambiente brasileiro, a neutralização da emissão de carbono fica para 2050, sendo que a metade disso pode ser conseguida até 2030, segundo o órgão federal.
As decisões para neutralidade em carbono exigem
investimentos em novas tecnologias e estratégias na construção de uma cadeia
logística eficiente. Todas estas opções certamente passam pelo mesmo caminho: o
consumo de energia a partir de fontes primárias renováveis, cujo Brasil é
apontado como o de maior potencialidade, no mundo. Tais fontes são ofertadas
abundantemente na natureza, como a eólica e a solar e ambas estão presentes no
Nordeste brasileiro, mais precisamente em pontos geográficos chaves, como o
litoral, com seus portos, como o do Pecém e o sertão, com sua abundância em
terras e mão de obra.
Recentemente o Brasil saiu de 13GW para 18GW de
potência instalada da fonte solar, de acordo com a Associação Brasileira de
Energia Solar (Absolar). Estão inclusos desde geração a partir de usinas
fotovoltaicas, como as do interior cearense à energia gerada pelas placas
instaladas nos telhados de residências, cada vez mais vistas nos bairros de
cidades maiores.
No Ceará, por exemplo, empresas vão ganhando cada
vez mais possibilidades de ter uma presença eficiente de descarbonização, pela
proximidade de instalações de usinas fotovoltaicas no interior do estado. Cada
usina instalada forma um complexo de produção contínua de energia limpa, com
seus milhares de painéis espelhados (células solares) voltados para o céu azul
e Sol radiante, típicas realidades locais.
Os municípios de Quixeré e Jaguaruana, distantes,
respectivamente, 218 quilômetros e 183 quilômetros, de Fortaleza, foram
escolhidos para receberem complexos fotovoltaicos por parte de um grupo
empresarial pernambucano, alinhado com o novo ambiente de negociação,
comercialização, gestão e geração de energia limpa. Os investimentos são da
ordem de 2,1 bilhões de reais. Potências instaladas das usinas: 500 MWp, em
Jaguaruana e 192 MWp, em Quixeré.
“O Ceará tem ambiente favorável para o negócio,
com ótimos pontos de conexão no governo e mercado. Além do espírito
empreendedor do cearense, o Ceará possui uma vocação incrível para energia
renovável”, explica Rodrigo Mello, CEO do Grupo Kroma Energia, dono dos
investimentos no Vale do Jaguaribe, região cearense onde estão as cidades de
Jaguaruana e Quixeré.
Geração de emprego
A chegada de usinas de captação de energia solar
atraem, de forma natural, além dos investimentos financeiros, mão de obra
(local e de fora) e fomento econômico inédito na região onde são instaladas.
Energia renovável é necessária para empresas atingirem suas metas de
descarbonização, mas tem potencial para muito mais.
“A indústria de geração de energia renovável está
sempre se atualizando. Além de você ter um custo competitivo de energia, também
é gerado uma cadeia de empregos, contribuindo para a aceleração da economia
local”, explica o CEO da Kroma.
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