Bolsonaro optou por se ausentar da solenidade no STF para conceder entrevista a um podcast cristão às 19h30, em São Paulo, quase duas horas após o horário marcado para ter início à solenidade. A campanha bolsonarista não justificou os critérios que o levaram a decidir pela participação no programa de entrevistas em vez de prestigiar a nova chefe do Judiciário. Em vez do presidente, o Poder Executivo teria como representante o vice Hamilton Mourão (Republicanos-RS), mas ele também não apareceu. Do governo estavam presentes os ministros da Casa Civil, Ciro Nogueira, da Justiça, Anderson Torres, da Economia, Paulo Guedes, e o chefe da Advocacia Geral da União, Bruno Bianco.
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Na semana passada,
Bolsonaro faltou à cerimônia de celebração dos 200 anos da Independência no
Congresso, realizada no dia 8 de setembro. Numa entrevista, alegou depois que
estava ocupado com seus apoiadores que ficam no cercadinho na porta do Palácio
da Alvorada. Na verdade, o presidente preferiu dar um troco nos chefes dos
Legislativo que, no dia anterior, não compareceram ao desfile de 7 de Setembro.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e do STF, ministro Luiz Fux,
deixaram de ir à Esplanada receosos do uso político que Bolsonaro faria, como
de fato fez, da comemoração do Bicentenário da Independência. Em 2020, Jair
Bolsonaro havia comparecido à posse de Fux no STF.
Nos últimos meses, o presidente desferiu inúmeros ataques à Corte. Entre
seus alvos principais estavam os ministros Alexandre de Moraes, que atualmente
também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e Luis Roberto
Barroso, que nesta segunda-feira assume o cargo de vice-presidente do STF.
MSN
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